Depois de uma nova queda em novembro, a estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de que as vendas de máquinas agrícolas no País atingiriam 46.000 unidades, não deverá ser alcançada. É o que disse hoje o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, que atribuiu o desempenho inferior ao previsto às dificuldades na oferta de crédito neste ano.
De janeiro a novembro, as vendas totalizaram 40.400 unidades, com queda de 6,80% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos 12 meses de 2018, as vendas alcançaram 47.800 unidades. Dessa forma, somente com uma disparada nunca antes vista até o Natal, as vendas de 46.000 máquinas estimadas pela Anfavea não serão de fato atingidas.
Com a demanda retraída, nos 11 primeiros meses deste ano a produção despencou. Chegou a 50.800 unidades, com queda de 15,40% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2018 foram produzidas 65.700 unidades e a projeção para o acumulado de 2019 é de 60.000.
Somente as estimativas de exportações de máquinas agrícolas devem ser alcançadas. Neste ano, a Anfavea previu vendas ao exterior de 13.000 unidades, contra 12.700 no ano passado. Até novembro foram exportadas 11.900 unidades, com aumento de 1,10%.
“O fato de não dependermos apenas da Argentina e termos outros mercados como destino permitiu esse crescimento”, afirmou Moraes.
Valor Econômico