A produção primária florestal somou R$ 19.1 bilhões em 2017 no país, 3,4% mais que em 2016, segundo a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do valor total, a silvicultura (exploração de florestas plantadas para fins comerciais) representou 77,3%, enquanto o extrativismo (exploração dos recursos vegetais naturais) respondeu por 22,7%.
Os produtos madeireiros representaram 90% do valor da produção total. A madeira produzida a partir de áreas plantadas para fins comerciais cresceu 5% em 2017. No caso da madeira proveniente da extração vegetal houve queda de 2,7%.
“Com o maior controle na exploração de madeiras de espécies nativas e o incentivo à preservação dessas florestas, o setor tem evidenciado nos últimos anos um movimento crescente na participação das espécies exóticas. Estas se mostraram mais bem adaptadas às condições locais, proporcionando maior produtividade, em substituição à atividade de extração madeireira”, avalia o IBGE.
O plantio de eucalipto e pinus para produção madeireira representou 95,8% das áreas de cultivo de florestas plantadas para fins comerciais no país no ano passado, conforme o IBGE. Segundo a pesquisa, as áreas de eucalipto somaram 7.4 milhões de hectares no País em 2017, ou 75,2% do total nacional.
Na indústria de papel e celulose, o eucalipto serve de matéria-prima para produção de celulose de fibra curta. Já a madeira de pinus é utilizada para a produção de celulose de fibra longa e de papéis de qualidade superior.
Sul e Sudeste concentram grande parte da produção florestal do País. Juntas, as duas regiões responderam por 62,3% do valor de produção nacional no ano passado, impulsionadas pelo segmento de florestas plantadas. Na divisão por estados, o Paraná liderou o valor de produção em 2017, com R$ 3.7 bilhões.
Fonte: Valor Econômico