Produtores de orgânicos e sustentáveis comemoram o Festival Origem

Superando de forma ampla as expectativas, a realização do Festival Origem, nos dias 1, 2 e 3 deste mês, em São Paulo, estabeleceu uma conexão dos produtos alimentares entre o campo e a mesa. A avaliação foi feita à Globo Rural pelos próprios produtores e sitiantes.

Eles afirmaram que um grande público consumidor marcou presença no Memorial da América Latina, onde o evento aconteceu. Na ocasião, puderam degustar delícias elaboradas de maneira sustentável. E mais: ressaltaram os contatos para o futuro, estabelecidos com restaurantes e representantes de casas que distribuem comida saudável.

Patrick Assumpção, produtor de milho roxo crioulo, feijão guandu e outras iguarias, cuja propriedade fica no Vale do Paraíba (SP), se declarou satisfeito. “Valeu a pena. Demais. As vendas foram excelentes e as negociações futuras muito animadoras. Quero parabenizar os organizadores por nos ter permitido mostrar a responsabilidade que temos na produção de alimentos.”

Patrick representa vários produtores. Ele, que foi o personagem de capa da edição de novembro da revista Globo Rural, era consultado frequentemente pelo público consumidor da metrópole e pela imprensa.

Como o consumo superou a oferta nos estandes, foi preciso até buscar mais. Aconteceu com os produtores do queijo artesanal Pardinho, que tem as assinaturas do Bento Mineiro e do seu pai, Jovelino. Feito com leite cru de vacas Gir, já no sábado (2/12) o estoque acabou e eles trouxeram mais para servir no domingo.

Feliz estava também a produtora rural Tatiane Barros, de São Bento do Sapucaí (SP). A iguaria que produz no Refúgio Shitake, também foi bastante cobiçada. Tatiane, que é agrônoma, destaca que houve restaurante que exigiu exclusividade para adquirir o pó de shitake. “Valeu a pena. Esperamos outro Festival Origem.”

Produtor de cestas orgânicas e agroecológicas na fazenda Malabar, em Itatiba (SP), o engenheiro ambiental Felipe Gasko explicou com paciência ao público a maneira como produz várias espécies no canteiro com o propósito de gerar diversidade. Falava ainda da importância da palhada para o vigor do solo.

Felipe afirmou que o contato com o público foi extremamente frutífero. “Há muito interesse no conhecimento da maneira pela qual produzimos. O Festival Origem permitiu essa interação. Foi muito bom e quero estar novamente aqui em 2018.”

A organização e os assuntos das palestras e debates promovidos em paralelo à exposição de alimentos também foram elogiados pelos especialistas que conduziram as conversas e pelo público. O autor desta matéria foi mediador de uma conversa com Paulo Barreto, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e Vando Telles, diretor do Pecsa (Pecuária Sustentável da Amazônia).

Os assuntos atuais exigiram até um tempo adicional nos debates, já que tanto Vando como Paulo foram bastante requisitados. No final, os dois ressaltaram a importância da integração com os presentes. Disseram que as trocas de informações e conhecimento são vitais em um momento de problemas ambientais e de avanço tecnológico da pecuária brasileira.

 

Fonte: Globo Rural

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