Usinas brasileiras reduzem hedge de açúcar ao menor nível em oito anos

Os produtores brasileiros de açúcar fixaram os preços das vendas futuras em apenas 58% de suas exportações esperadas para a atual temporada. Este é o menor nível em oito anos, à medida que cotações baixas reduzem o uso de contratos futuros pelas usinas como forma de garantir receita.

Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Archer Consulting, as empresas de açúcar do Brasil travaram vendas em relação aos futuros da ICE, em Nova York, ao equivalente a cerca de 11.2 milhões de toneladas de açúcar bruto.

A Archer afirmou que na temporada passada as usinas haviam praticado hedge em 68% de suas exportações estimadas do adoçante. O atual nível da fixação de preço por meio de futuros é o mais baixo desde que a consultoria iniciou a publicação dos dados, na temporada 2012/13.

“Isso mostra que muitas usinas desistiram do hedge”, disse Arnaldo Correa, sócio da Archer. Ele afirmou que as usinas estão produzindo mais etanol do que açúcar, devido aos melhores retornos das vendas domésticas do combustível, e adiando qualquer decisão sobre fixar preços e produzir mais açúcar.

Nesta quarta-feira, o vencimento outubro do contrato futuro do açúcar bruto em Nova York fechou em baixa de 3,32%, cotado a 11,34 centavos de dólar por libra-peso – menor cotação desde outubro de 2018, em meio a fortes vendas em todo o complexo de commodities por conta das incertezas sobre a economia global durante a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

 

Reuters

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