USDA: Brasil deve produzir 10.5 milhões de toneladas de carne bovina em 2020

O Brasil deve produzir 10.5 milhões de toneladas de carne bovina e 4.2 milhões de toneladas de carne suína em 2020, segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Se confirmados, os volumes representam, respectivamente, um aumento de 3,40% e 4,50% em relação ao produzido no ano passado. As estimativas foram divulgadas em recente levantamento publicado pelo USDA.

A agência atribui o aumento da produção de proteína bovina à maior produtividade, exportações recordes contínuas e ao fortalecimento do mercado doméstico. Já a perspectiva de aumento na produção de carne suína, informa o USDA, reflete a forte e contínua exportação para a China, a maior demanda doméstica e estabilidade nos custos de alimentação animal.

O Departamento de Agricultura dos EUA informa ainda que a estimativa de aumento de 2% para a economia brasileira e a expectativa de que as exportações brasileiras continuem firmes sustentam a projeção de aumento na produção de ambas as proteínas.

O USDA estima também que o País exporte 2.53 milhões de toneladas de carne bovina neste ano – 10% a mais que o comercializado para o exterior em 2019, “impulsionado principalmente pela firme demanda de China e Hong Kong”.

“Em 2020, uma combinação de desvalorização da moeda brasileira e estabilidade nos preços domésticos provavelmente vão manter as exportações brasileiras de carne bovina com preços competitivos mercado mundial”, indica o relatório.

De carne suína, o Brasil deve exportar 980.000 toneladas neste ano – número 15% superior ao de 2019, na estimativa do USDA. O volume, segundo a agência, considera o impacto da Peste Suína Africana na China, no Vietnã e outros países asiáticos.

“Exportadores brasileiros e autoridades governamentais também estão envolvidos na promoção do mercado para Angola, Chile e África do Sul”, indica o USDA.

Além disso, a agência destaca que, desde janeiro, aumentaram as incertezas em relação ao impacto da epidemia do Coronavírus e do acordo entre Estados Unidos e China sobre os embarques de carnes do Brasil para a Ásia. A incerteza é maior quanto ao reflexo da epidemia do Coronavírus nas exportações de carne bovina para a China, em virtude de possíveis restrições logísticas no país.

“Fontes comerciais preveem um aumento contínuo nas exportações de carne suína para China/Hong Kong em 2020, apesar dos problemas atuais derivados da epidemia do Coronavírus na China”, informa o USDA.

Apesar de ter sido divulgado na segunda-feira (24/2), o relatório do USDA foi finalizado em 18 de fevereiro. Dessa forma, o levantamento não considera a recente reabertura do mercado norte-americano à carne bovina brasileira.

 

Estadão Conteúdo

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