“A safra de 2022/23 foi especialmente mais desafiadora”. É assim que o CEO da Uisa (antiga Usinas Itamarati), José Fernando Mazuca Filho, inicia a carta que abre a divulgação dos resultados da companhia referente à temporada. Segundo ele, além de lidar com questões macroeconômicas globais complexas, a empresa teve um “grave incidente” em sua casa de força.
“Mesmo com início tardio da moagem da cana-de-açúcar, conseguimos atingir o range do nosso guidance operacional, com um processamento de 5,17 milhões de toneladas de cana”, afirma. O volume, segundo o documento, representa uma alta de 6,9% ante a temporada anterior.
De acordo com a Uisa, a produtividade dos canaviais teve um aumento de 11,4% na safra 2022/23, para 91,1 t/ha. Em contrapartida, a concentração de açúcar total recuperável (ATR) na cana caiu 2,9%, para 135,8 kg/t; desse modo, o volume de ATR por hectare foi equivalente a 12,1 t/ha, elevação de 7,1%.
A partir desta matéria-prima, a companhia fabricou 5,67 milhões de sacas de açúcar (+20,9%) e 233 milhões de litros de etanol (-9,7%), sendo 90 milhões de anidro (-10,9%) e 143 milhões de hidratado (-8,9%).
Além de registrar aumento na moagem, a companhia ainda viu um crescimento de 208,3% em seu lucro líquido, que saiu de R$ 184,82 milhões em 2021/22 para R$ 596,86 milhões na temporada mais recente. O avanço, entretanto, aconteceu em um cenário de menor lucro bruto e de maior prejuízo financeiro.