“Os transgênicos otimizaram o uso de insumos agrícolas. As características já introduzidas pela transgenia, tolerância a herbicidas e resistência a insetos, permitem ao agricultor maior flexibilidade e segurança no manejo”. A afirmação é Roberto Rodrigues, Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Embaixador Especial da FAO para as Cooperativas e Presidente da Academia Nacional de Agricultura (SNA).
“É claro que quanto mais tecnologias estiverem disponíveis, maior o potencial produtivo. Especialmente nas zonas tropicais, a competitividade do agronegócio está intimamente ligada à aplicação de ferramentas tecnológicas para superação de limitações e adição de novas funcionalidades”, explica ele.
O especialista lembra que o Brasil produziu 377 milhões de toneladas a mais graças à introdução de características agronômicas. “Com o desenvolvimento de plantas GM que visam diretamente melhoras de produtividade, o potencial de contribuição da biotecnologia para a sustentabilidade será ainda maior”.
“Cientistas de todo o mundo estudam plantas com características complexas modificadas, cuja expressão envolve vários genes, a exemplo da tolerância a estresses abióticos (seca, inundações e solo com alta salinidade). O futuro também aponta para a criação de outros transgênicos (cana-de-açúcar, eucalipto, laranja, trigo, feijão, berinjela além dos tradicionais soja, milho e algodão) que contenham propriedades agronômicas, nutricionais ou sintetizem compostos medicinais”.
“No Brasil, instituições públicas e privadas de pesquisa e ensino desenvolvem novas variedades por meio da engenharia genética. A combinação de técnicas de melhoramento genético convencionais e biotecnológicas é uma valiosa opção para garantir a segurança alimentar, preservar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, alimentar a todos”, conclui.
Fonte: Agrolink