Terras agrícolas abandonadas podem aumentar os benefícios ambientais dos biocombustíveis

Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, realizaram uma pesquisa para entender mais sobre a bioenergia sustentável a partir de campos nativos e terras agrícolas abandonadas. A ideia partiu do intuito de descobrir as condições ideais para a produção de biocombustíveis alternativos que oferecem mais benefícios ambientais.

De acordo com o pesquisador David Tilman, professor da Escola de Ciências Biológicas (CBS) e diretor da Cedar Creek Ecosystem Science Reserve, “pastagens nativas, plantas perenes e campos abandonados foram propostos como forma de aumentar os benefícios ambientais dos biocombustíveis”.

Tilman explicou que os biocombustíveis de primeira geração, como o etanol de milho, exigem o uso intensivo de fertilizantes nitrogenados. “Queríamos ver se as pradarias poderiam ser uma cultura melhor”, disse.

Segundo os pesquisadores, os sistemas radiculares mais profundos das gramíneas, ao contrário dos observados em culturas anuais como o milho, podem armazenar grandes quantidades de carbono sob o solo que, de outra forma, seriam liberados na atmosfera.

No entanto, como as gramíneas perenes em terras marginais podem ter baixos rendimentos devido ao solo menos fértil, os pesquisadores examinaram maneiras de maximizar o crescimento das pastagens sem efeitos negativos sobre o meio ambiente.

Para Yang Yi, principal autor do estudo, os resultados indicam que níveis diferentes de intensificação têm diferentes custos e benefícios ambientais. “Nosso estudo sugere que a otimização de múltiplos benefícios ambientais requer práticas sustentáveis de intensificação apropriadas para os solos, clima e espécies de plantas de uma região”.

 

Agrolink

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