Tereza Cristina: “Pauta do agro vai dar trabalho, mas bancada ruralista está forte”

A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) terá trabalho para dar andamento às pautas prioritárias do agro no Congresso Nacional. Mas o colegiado está “mais forte do que nunca” e unido para colocar suas posições para o novo governo. A avaliação é da ex-ministra da Agricultura e senadora pelo PP de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina.

“A Frente veio mais forte do que nunca. Nas primeiras reuniões de que participei neste início de ano legislativo, a gente tem visto uma presença maciça de deputados e de senadores. Não era frequente termos muitos senadores”, ressaltou, em conversa com jornalistasm na Expodireto Cotrijal.

Nesta terça-feira, a nova diretoria da FPA toma posse, em cerimônia, em Brasília (DF). A presidência da bancada ruralista será exercida pelo deputado federal Pedro Lupion (PP-PR). Tereza Cristina disse que será a coordenadora política do grupo no Senado Federal.

Ambiente favorável

Em sua avaliação, a configuração do Congresso Nacional na legislatura iniciada neste ano tem ambiente favorável ao avanço das pautas prioritárias do agro. No Senado, estão em tramitação projetos como os que tratam de assuntos como regularização fundiária e licenciamento ambiental.

“Temos muitos assuntos interessantes, uma pauta que vai dar muito trabalho porque precisamos fazer caminhar. Mas a gente vê a Frente Parlamentar unida, colocando suas posições para o novo governo”, disse Tereza Cristina.

Ela participou recentemente na Expodireto Cotrijal, em Não-me-Toque (RS), onde acompanhou a solenidade de abertura da feira, além de ser homenageada. Na ocasião, esteve ao lado do atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de representantes da Cotrijal, cooperativa que organiza o evento.

Direito de propriedade

Em pronunciamento, Tereza Cristina destacou que a agropecuária brasileira é sustentável e está entre as maiores do mundo, mas muitas vezes não é reconhecida. Por outro lado, disse que a defesa do direito de propriedade é imprescindível, em referência às recentes ações promovidas pelo MST.

“O agro está preocupado com a insegurança jurídica que estamos vendo, a volta das invasões de terra. Isso não deve acontecer. Eu espero que as pessoas tenham juízo e façam reforma agrária como deve ser feita, chegando ao pequeno agricultor que precisa de crédito, título, assistência e renda”, afirmou a ex-ministra, acrescentando que o governo precisa coibir invasões de terra.

Fonte: Valor
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