Na avaliação do analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Carlos Pacheco, será “extremamente reduzido” o tempo para a exportação do trigo adquiridos nos leilões oficiais. “Todos sabemos que a maior parte dos negócios feitos sobre os leilões de trigo são destinados à exportação. Acontece que a janela de exportação no Paraná já está praticamente fechada (porque a colheita já começou) e no porto de Rio Grande será encerrada em 15 de março próximo, isto é, serão apenas 19 dias para se negociar os lotes no exterior, contratar e carregar (todos os) navios de trigo”, disse.
“O prazo para nomeação de qualquer navio de grãos é de 15 dias. Assim, ou a Conab faz apenas mais um leilão só com todo o volume de trigo que quer escoar ou ele será exportado somente depois de completados os embarques de soja, de agosto em diante (mas, onde guardar este trigo até lá e a que custo?)”, questiona.
Na avaliação do especialista, nada disto precisaria acontecer se os responsáveis pela comercialização no estado tivessem saído a campo procurando compradores para este trigo (como fazem argentinos, americanos e russos) no mercado internacional quando a supersafra se configurou, em outubro passado.
“Chamamos atenção disto, porque haverá um encontro no próximo dia 3 de março, preparatório para a ExpoDireto, sobre este assunto. Nosso projeto de exportação de trigo do RS, com sugestões que vão muito além dos procedimentos normais do setor (porque o buraco é bem mais em baixo), continua à disposição”, disse.
Fonte: Agrolink