A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, participou nesta segunda-feira, 13 de abril, da abertura da 14ª Tecnoshow Comigo, realizada em Rio Verde, Goiás. O evento contou ainda com a presença dos ministros do Turismo e da Fazenda, Vinícius Lages e Joaquim Levy, respectivamente.
Kátia Abreu agradeceu, em nome de todos os produtores, a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Esta é a primeira vez que um ministro da Fazenda participa de um evento deste porte e importância para conhecer de perto o agronegócio brasileiro”, afirmou.
Segundo Levy, o agronegócio é um dos setores que continuarão puxando o crescimento da economia brasileira. “Esse é um momento especial, momento em que a gente tem que reequilibrar algumas coisas para voltar a crescer e esse é um setor que vai ajudar a economia a se reorganizar de forma mais rápida”, comentou.
“Nós vamos anunciar as condições de custeio da safra 2015/2016 muito rapidamente. Devemos dar um aumento de crédito para classe média da ordem entre 20 e 25%, no mínimo, aumento muito significativo. Queremos ver uma classe média rural forte”, disse Levy.
Kátia Abreu também comentou que o Brasil é campeão internacional no mercado de alimentos, mas que não é reconhecido como um grande roteiro gastronômico mundial.
“Nós faremos esse casamento. É um plus para o agronegócio e que possamos ajudar o Brasil a atrair turistas pelo estômago”, comentou a ministra. Ela ainda comentou que o café brasileiro terá espaço num estande nas Olimpíadas de 2016 “Nós vamos mostrar para o mundo a qualidade do café que produzimos”, disse.
“Estamos aqui porque o turismo tem tanto a vertente do lazer quanto do turismo de negócios. E Rio Verde é um dos polos mais dinâmicos da economia brasileira, que contribui significativamente para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro gera oportunidades de trabalho. E por mais desafiador que seja na conjuntura atual, mas vai continuar gerando riqueza e emprego. Para que o turismo se insira na economia brasileira tem de andar junto com o agronegócio”, avaliou o ministro Vinícius Lages.
DESBUROCRATIZAÇÃO
“Estamos fazendo mudanças revolucionárias e decisivas no nosso Ministério. Nós teremos um ministério sem papel, desburocratizado e sem privilégios”, disse Kátia Abreu. “Nós trabalhamos pelo Brasil e pelos nossos contribuintes, que são os produtores rurais e os empresários da agroindústria do País”, ressaltou.
De acordo com ela, o Ministério da Agricultura iniciou o ano de 2015 com 4.936 processos acumulados.
“No dia 30 de abril, quatro meses depois da posse, esses 4.936 processos estarão zerados, todos analisados e todos enviados adiante”, afirmou.
Durante discurso, a ministra falou ainda sobre o lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária, que ocorrerá no dia 29 de abril, no Palácio do Planalto.
“Essa é a nossa oportunidade de mostrar para os brasileiros e para o mundo que nós temos defesa agropecuária, que estamos dando um passo, avançando na direção de trazer confiança e credibilidade aos produtos do Brasil.”
CLASSE MÉDIA RURAL
Kátia Abreu comentou também sobre o trabalho que está sendo realizado pelo Ministério da Agricultura para a ampliação da classe média rural brasileira.
“Nós estamos observando, de acordo com o censo agropecuário, que a classe A e B têm apenas 8% dos produtores, que produzem 70% do VBP (Valor Bruto da Produção). Nós temos 70% nas classes D e E, que produzem apenas 9% do VBP”, disse.
“No município de Rio Verde, nós ainda temos 45% das propriedades rurais com uma renda baixa ou muito baixa. Se nós abrirmos para separar as propriedades com uma renda muito baixa, nós vamos encontrar 27% das propriedades”, ressaltou a ministra do mapa.
Ela ainda comentou que com a tecnologia disponível, crédito bancário, assistência técnica, extensão rural e ajuda das cooperativas, o Brasil será um continente de prosperidade.
NOVOS MERCADOS
Com o objetivo de ampliar o agronegócio brasileiro, a ministra informou sobre a força tarefa que percorrerá os principais países que já possuem comércio com o Brasil.
“Já estamos indo para a Rússia, China e União Europeia, junto com Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Itamaraty, estamos com uma força tarefa para percorrer todos os países, principalmente os dez países onde já exportamos, para ampliar as oportunidades, não só dos grandes produtores, mas também dos médios produtores”, ressaltou a ministra.
Fonte: Ministério da Agricultura