Um estudo elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra como os chamados picos tarifários – tarifas de importação extremamente elevadas -, inibem o comércio de produtos do agronegócio brasileiro com os Estados Unidos. “Barreiras Comerciais: Análise dos Picos Tarifários dos Estados Unidos e o Agronegócio Brasileiro” foi um trabalho conduzido pela Superintendência de Relações Internacionais (SRI) da CNA.
Segundo o documento, ainda que, em geral, os Estados Unidos não tenham tarifas de importação muito elevadas, as tarifas aplicadas a alguns produtos podem atingir níveis extremos, tornando-se barreiras proibitivas ao comércio. Esses picos tarifários são especialmente frequentes em relação aos produtos agropecuários considerados sensíveis à importação.
A análise da CNA identificou casos em que os picos tarifários afetam o comércio bilateral de carne bovina e de peru, lácteos, frutas e derivados, amendoim, óleo de soja, açúcar, tabaco e cachaça. Os Estados Unidos possuem sistema produtivo semelhante ao do Brasil, o que acarreta alta concorrência nos mercados mundial e domésticos em vários setores.
Além de competir por um espaço no mercado com o produtor estadunidense, o exportador brasileiro concorre também com produtores de países com os quais os Estados Unidos possuem acordos de livre comércio. As mercadorias embarcadas desses países são agraciadas com tarifas mais baixas do que as brasileiras.
Fonte: Datagro/Infomoney