A carne suína subiu de preço na parcial de setembro (até terça-feira, 26), mas segue mais competitiva em relação à carne de frango, que também se valorizou no período. Já em relação à proteína bovina, cujos preços seguem em queda, a suína perdeu competitividade, informou o CEPEA em relatório.
Segundo levantamento do CEPEA, no atacado da Grande São Paulo, de agosto para setembro, a carcaça especial suína se valorizou 5,20%, negociada a R$ 9,77/kg, em média, neste mês. Apesar do avanço mensal (influenciado pelas altas no início de setembro), os preços dos produtos de carne suína têm registrado queda nesta segunda quinzena, sobretudo com a recente onda de calor intenso, indicou o CEPEA. Segundo colaboradores consultados pelo CEPEA, a alta temperatura e a retração da demanda, devido ao menor poder de compra da população no fim do mês, têm limitado o consumo. De 19 a 26 de setembro, especificamente, o preço da carcaça especial suína recuou 4,10% no atacado da Grande SP, com média de R$ 9,56/kg na terça-feira.
Já no mercado da carne bovina, a redução no poder de compra da população no final deste mês tem enfraquecido a cotação média da carne da parcial de setembro, informa o CEPEA. No atacado da Grande São Paulo, o preço da carcaça casada bovina tem média de R$ 15,58/kg, queda de 3,90% em relação ao mês anterior.
Na carne de frango, a demanda internacional aquecida tem reduzido a disponibilidade interna, permitindo que vendedores elevem os preços pedidos. O preço médio do frango inteiro resfriado negociado no atacado da Grande São Paulo registrou alta de significativos 10,50% em relação ao registrado em agosto, a R$ 6,85/kg neste mês.
“Com isso, a diferença entre os preços da carcaça bovina e os da especial suína passou de R$ 6,93/kg em agosto para R$ 5,81/kg em setembro, queda de 16,10% na competitividade da carne suína em relação ao mês anterior.”
Em relação à proteína avícola, a carcaça especial suína é negociada no atacado da Grande São Paulo a R$ 2,91/kg acima do frango inteiro resfriado, diferença 5,40% inferior à de agosto, evidenciando o aumento da competitividade da carne suína.