A safra de soja do Brasil em 2020/2021 deve alcançar 132.6 milhões de toneladas, estimou nesta quinta-feira a consultoria StoneX, que manteve a projeção em relação à estimativa de setembro, mas alertou sobre potenciais atrasos na colheita, com um plantio mais lento devido à escassez de chuvas.
“O início do plantio tem sofrido atrasos devido à falta de chuvas, mas ainda não se pode falar em perdas, pois os produtores conseguem avançar rapidamente assim que o clima melhorar”, indicou, em nota, a analista de inteligência de mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.
A consultoria, que elevou sua estimativa de exportação em 2020 em um milhão de toneladas em relação a do mês anterior, para 82 milhões de toneladas, chamou a atenção para o estoque de passagem “reduzido” do novo ciclo, de apenas 520.000 toneladas.
Segundo relatório da empresa de análises, a situação “preocupa ainda mais diante desse início de plantio atrasado, com a soja da safra nova demorando mais para entrar no mercado no próximo ano”. Ana Luiza lembrou que “o mercado doméstico enfrenta momento de forte restrição de oferta, com preços elevados”.
Em relação à primeira safra de milho 2020/21, a StoneX apresentou pequenas revisões da área e do rendimento em Santa Catarina. Com isso, a área total ficou em 4.18 milhões de hectares e a produção em 27.88 milhões de toneladas.
Ana Luiza chamou a atenção para a janela climática no plantio da segunda safra de milho, que responde pelo maior volume do cereal colhido e é plantada após a colheita da soja. Ela disse que isso também preocupa, “caso os atrasos (da soja) se intensifiquem”.
Reuters
