Soja: semana termina com preços em queda

As cotações da soja no mercado brasileiro encerraram a última semana em queda, tanto nos portos quanto no interior. Segundo informações divulgadas por Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, a soma das quedas de 1,12% do dólar mais a queda dos prêmios suplantou em muito a alta de 0,42% das cotações da soja na Bolsa de Chicago.

“Como resultado, os preços da oleaginosa recuaram 0,37% nos portos e 0,78% no interior, de acordo com a pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados e Economia Aplicada (Cepea). Com isso, a primeira quinzena de novembro termina em queda de 1,31% nos portos, com a saca cotada a R$ 84,62 e queda de 0,88% no interior, com a saca cotada a R$ 78,49”, disse Pacheco.

Ele informou que, na ronda pelos estados, os vendedores não estão muito contentes com os preços e aguardam melhoras para vender a oleaginosa. “No Rio Grande do Sul, o ritmo do mercado está muito lento, com preços de 84,50 no porto. As esmagadoras já pagam mais que o porto, ao redor de R$ 80,00. No interior, a soja futura andou na linha de R$ 80,00 CIF porto para maio/19”, sinalizou o analista da T&F.

“No Paraná, a semana também foi bem travada: quando o dólar chegou a R$ 3,80 até animou um pouco, mas a tabela de frete atrapalhou. Este acerto entre EUA e China tem de acontecer”, afirmou Pacheco. “Plantio de vento em popa; colheita americana evoluindo e vendedor ainda bem retraído”.

Segundo a AgRural, o plantio de soja 2018/19 no Brasil atingiu 82% da área estimada de 35.8 milhões de hectares. Trata-se de um avanço de 11% em uma semana e está acima dos 73% registrados em igual período do ano passado e também dos 67% da média de cinco anos.

Milho: semana fecha com preços menores

O mercado de milho no Brasil encerrou a semana com preços menores, mercado interno mais reticente e exportações mais expandidas na sexta-feira (16/11). De acordo com informações divulgadas pelo analista da T&F,  o Rio Grande do Sul fechou em queda.

“No Rio Grande do Sul, o preço do milho, no melhor momento da semana, atingiu a R$ 38,50 CIF porto, futuro (o RS tem um déficit anual ao redor de 1.5 milhão de toneladas de milho, que compra de outros estados, mas, quando a exportação paga melhor, são negociados lotes para o exterior). No interior, diferido R$ 37,00; no tributado R$ 37,00 + ICMS posto fábricas”, disse Pacheco.

Segundo ele, em Santa Catarina a diferença entre os preços de balcão e de lotes é pequena, porque os compradores granjeiros adquirem produto direto dos vizinhos. Em Joaçaba, por exemplo, é o mesmo preço, R$ 36,50. Já no Alto Vale do Itajaí é de R$ 4,00, sendo que R$ 40,00 é para o lote e R$ 36,00 para o balcão.

“Mas os preços de balcão estão recuando: em Campos Novos recuou 2,50% para R$ 39,00, mesmo percentual em Canoinhas e Chapecó, 3,5% em Concórdia, mas para R$ 41,00. Somente em Mafra o preço permaneceu inalterado em R$ 40,00/saca”, informou o analista.

“No Paraná, os preços variam de acordo com a região: R$ 35,00/saca posto fábricas na região dos Campos Gerais e R$ 31,00 em Londrina, no norte do estado, mas R$ 33,50 em Maringá, embora sem ofertas de vendedor”.

O plantio de milho verão 2018/19 atingiu a 92% da área estimada para o centro-sul do Brasil, segundo a AgRural. Em igual período do ano passado, 63% da lavoura do cereal já havia sido plantada.

 

Fonte: Agrolink

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