Com o dólar e Chicago em alta, as cotações no Brasil ainda contam com pouco espaço para uma recuperação efetiva e consistente. Em algumas praças do interior do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, a saca chegou, inclusive, a recuar. Na maior parte dos demais estados produtores, a saca se manteve estável. Os preços têm variado de R$ 50,00 a R$ 67,00.
Já nos portos, os preços da saca subiram nesta quarta. Em Rio Grande, a saca no mercado disponível subiu 1,03% para R$ 68,80 e no mercado futuro, 1,60% para R$ 69,80. No terminal de Paranaguá, alta de 0,29% e 0,76%, para R$ 68,50 e R$ 69,50, respectivamente.
Mercado brasileiro de milho
Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 4,35% e encerrou o dia cotada a R$ 24,00 na região de Luís Eduardo Magalhães (BA).
Em Sorriso (MT), a queda foi de 3,57%, com a saca cotada a R$ 13,50. Nas demais praças pesquisadas o dia foi de manutenção dos preços.
Apesar da estabilidade, o mercado permanece pressionado negativamente pela perspectiva de uma grande safrinha, de acordo com os analistas. Até o momento, o clima tem se mostrado favorável em grande parte das regiões produtoras para o desenvolvimento das lavouras de milho.
O ritmo das exportações do cereal segue lento nessa temporada, apesar os embarques serem mais expressivos no segundo semestre. Em abril, o volume exportado foi de 154.700 toneladas, informou a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O volume representa uma queda de 53,2% em relação ao embarcado no mesmo período do ano anterior, de 367.600 toneladas. No mês de março, o Brasil exportou 243.000 toneladas.
Além disso, os produtores de Mato Grosso também esperam pelos leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e Pep (Prêmio para o Escoamento) e dos contratos de opção que serão realizados nesta quinta-feira (4 de maio). Ao todo serão ofertadas 400.000 toneladas, com prêmio de até R$ 3,40. Também serão ofertados 7.400 contratos de opção.