No Brasil, os preços sobem acompanhando ainda a nova alta do dólar observada nesta quinta-feira, 4 de maio. A moeda americana, após já ter testado os R$ 3,1890 na máxima desta sessão, estava em alta de 0,50% por volta das 12h10 (Horário de Brasília), dando algum incentivo às cotações no terminal de Rio Grande.
A saca da soja no mercado disponível no terminal gaúcho era negociada a R$ 69,50, em alta de 1,02% e no mercado futuro, embarque junho/17, chegava aos R$ 70,00, em alta de 0,29%.
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja continuam trabalhando de forma ainda bastante técnica, sem oscilações muito expressivas, com o mercado buscando entender, principalmente, os efeitos do clima nos Estados Unidos. As chuvas continuam chegando de forma bastante intensa em partes do Meio-Oeste americano e trazendo algumas preocupações, porém, não de forma generalizada.
Segundo informações da Labhoro Corretora, a pressão sobre os preços observadas mais cedo refletiram as chuvas de ontem que ficaram abaixo do esperado para Illinois e o Missouri. Previstas para ficarem entre 30 e 80 mm, os volumes acumulados foram bem menores, de 10 a 25 mm.
E na busca por esses impactos, o mercado acaba respeitando ainda mais o intervalo entre os patamares de resistência e suporte das cotações em Chicago.
“O mercado agrícola segue carente de novas notícias fundamentais e o foco principal continua no clima dos Estados Unidos”, disse o diretor da Labhoro, Ginaldo Sousa. “Qualquer informação sobre perdas no milho ou troca de área de milho para soja por enquanto é apenas especulação, pois também é cedo para quantificar, já que as janelas de plantio de ambos os produtos estão amplamente abertas”, disse.
Mercado brasileiro de milho
Na BM&F Bovespa, os contratos futuros do milho operam em leve alta. Por volta das 11h45 (Horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 0,22% e 0,57%. O vencimento maio/17 era cotado a R$ 28,20/saca e o setembro/17 a R$ 27,72/saca.
Apesar da queda registrada em Chicago, as cotações encontram sustentação na valorização do dólar.
As atenções do mercado estão voltadas para os leilões que serão realizados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) nesta quinta-feira.
