A queda de 1,60% na Bolsa de Chicago, apesar da alta de 0,55% do dólar, acabou fazendo com que os preços da soja caíssem no Brasil. Segundo o especialista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, a queda não foi muito considerável.
“Os prêmios registraram baixa de US$ 0,18 /bushel para os embarques de fevereiro/19 e permaneceram inalterados para março/19, abril/19 e maio/19. Com isto, os preços de exportação sobre rodas nos portos caíram 0,45% para R$ 84,90, aumentando a queda de novembro para 0,98%. No interior a queda foi menor, de 0,53%, para R$ 79,01/saca, aumentando a queda de novembro para 0,23%”, disse Pacheco.
Além disso, o analista da T&F indicou que o mercado físico do interior continua basicamente parado, com pouquíssimo movimento. No Centro-Oeste, o plantio também está travado devido ao excesso de chuvas, mas ainda continua dentro da janela e dentro da normalidade. “Chamamos atenção para o quadro de lucro existente. A soja ainda é lucrativa, altamente lucrativa”, destacou Pacheco.
As exportações de soja do Brasil deverão superar em 2018 a marca de 80 milhões de toneladas, contra as 68 milhões de toneladas no ano passado, com os embarques do país se mantendo fortes em função da demanda da China. “Em disputa comercial com os Estados Unidos, a China voltou-se para o Brasil, maior exportador global de soja, após taxar o produto norte-americano em meados do ano”, afirmou o analista da T&F.
Nesse cenário, dados divulgados pelo governo brasileiro indicaram que, no acumulado do ano até a segunda semana de novembro, o volume exportado atingiu 76.4 milhões de toneladas.
Fonte: Agrolink