Soja no mercado disponível de Rio Grande cai para R$ 67,20 com forte queda em Chicago e dólar em baixa

Os contratos futuros da soja vêm ampliando a sua baixa na Bolsa de Chicago. Por volta das 13h50 (Horário de Brasília), os principais vencimentos estavam em queda de 10,25 a 14,75 centavos, com o julho/17, que é o contrato mais negociado, estava cotado a US$ 9,11 ¾ o bushel e o novembro/17 a US$ 9,19 o bushel.

Essa é a segunda sessão consecutiva de quedas bastante severas e os preços testam mínimas em mais de um ano, portanto. E segundo o analista Miguel Biegai, da OTCex Group, de Genebra, na Suíça, trata-se de uma nova confirmação do canal de baixa em que se encontra o vencimento julho.

“Podemos ver uma sequência de baixas ser acelerada se o julho romper US$ 9,22 (que vinha sendo a referência no canal de baixa) e fechar abaixo disso, mas precisa de uma confirmação no dia seguinte para dizer se a tendência de baixa é ainda mais agressiva do que vinha se observando”, disse Biegai.

Ainda segundo analistas internacionais, esse movimento acentuado de vendas de posições (o chamando selloff) desencadeia um movimento negativo mais severo, o que traz as tendências de curto e médio prazo apontando para preços ainda em queda na CBOT.

Dólar e portos no Brasil

Com essa despencada em Chicago e com  a leve queda do dólar, os preços da soja nos portos do Brasil não se sustentam e registram quedas significativas. Em Rio Grande, a saca da soja no mercado disponível recua 1,9% para R$ 67,20, enquanto a saca da safra nova está cotada a R$ 71,50, em baixa de 0,69%.

As variações são em relação à última sexta-feira (26/5), já que ontem o mercado ficou sem a referência do mercado internacional dado o feriado nos EUA.

Por volta das 14h10, o dólar estava em baixa de 0,06%, cotado a R$ 3,2675 para venda. Segundo a Reuters, este é o oitavo pregão consecutivo em que a divisa opera no intervalo estreito entre R$ 3,25 e R$ 3,30, diante da instabilidade e incerteza que o governo de Michel Temer ainda inspira depois dos últimos escândalos.

“O pior cenário é o presidente ficar sangrando no cargo”, disse o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin à agência de notícias.

Neste ambiente, os negócios no Brasil voltam a ficar travados. Os produtores seguem acompanhando esse cenário ainda incerto para o câmbio, assim como as baixas intensas registradas em Chicago e voltam a se retrair. “Mesmo dentro de um canal de baixa, o mercado tem dias de alta e é nesse dia que o produtor tem que procurar vender”, disse Biegai.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp