Soja
Os preços da soja e de seus derivados estão enfraquecidos no mercado brasileiro, reflexo das desvalorizações do dólar e da cautela de compradores quanto a novas aquisições, por conta de expectativas de estoques finais elevados em dez/17 e de uma maior área semeada na safra 2017/18.
Na última sexta-feira, 21, o dólar fechou cotado a R$ 3,1408, em queda semanal de 1,38%. Mesmo assim, as médias dos Indicadores Paraná e Paranaguá este mês são as maiores desde fevereiro e janeiro, respectivamente, em termos reais (IGP-DI junho/17).
Segundo colaboradores do CEPEA, as altas do frete rodoviário, a maior concorrência com o transporte de milho, limitou o recuo da soja nos últimos dias. Comparando a média parcial de julho (até o dia 21) com a do mês anterior, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu significativos 4,4% e o ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá, 4,9%.
Milho
O avanço da colheita tem pressionado as cotações de milho no mercado brasileiro, mas as altas dos preços nos portos limitam as quedas.
Segundo pesquisadores do CEPEA, vendedores diminuíram o ritmo de negociações na última semana, por considerarem baixos os atuais patamares de preços. Compradores, por sua vez, continuam realizando aquisições pontuais, de acordo com a necessidade.
Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 0,6% nos últimos sete dias, fechando a R$ 26,41/saca de 60 quilos na sexta-feira, 21.
Mandioca
A baixa disponibilidade de lavouras de segundo ciclo e o clima seco dos últimos dias reduziram ainda mais a oferta de mandioca. A demanda industrial, por outro lado, vem dando sinais de recuperação.
Segundo colaboradores do CEPEA, empresas que buscam otimizar o uso da capacidade instalada ou com compromissos de venda/entrega a cumprir têm interesse em aumentar o processamento.
Nesse cenário, os preços da mandioca seguem em alta em todas as regiões acompanhadas pelo CEPEA. Entre 17 e 21 de julho, as cotações tiveram média de R$ 495,95 a tonelada (R$ 0,8625 por grama na balança hidrostática de 5 kg), 0,9% acima da média anterior.
Melancia
As baixas temperaturas registradas na última semana diminuíram a demanda por melancia no mercado doméstico. Em Uruana (GO) e Lagoa da Confusão (TO), principais fornecedoras da fruta nesse período, os preços caíram 11% e 19%, respectivamente, nos últimos sete dias.
Além disso, segundo colaboradores do Hortifruti/CEPEA, o frio também prejudicou a qualidade da do produto goiano. Na Ceagesp (SP), a estabilidade da oferta e o menor número de encomendas entre 17 e 21 de julho resultaram em redução de 6,7% nos preços em relação a semana anterior, com a média da melancia graúda (>12 kg) fechando a R$ 1,40/kg.
Fonte: CEPEA