Soja
Os preços da soja seguem em alta no mercado doméstico. Em junho, registraram as maiores médias do ano, em termos reais (IGP-DI de maio), aos R$ 138,92/saca para o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e aos R$ 133,98/saca de 60 kg no caso do Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, aumentos de 2,10% e 2,40%, respectivamente, em relação ao mês anterior (maio/24).
Segundo pesquisadores do CEPEA, o impulso vem da firme demanda internacional pelo produto brasileiro e da valorização externa. Além disso, uma parcela dos sojicultores se mostra resistente em comercializar grandes volumes, na expectativa de que a taxa de câmbio elevada continue favorecendo as exportações e, consequentemente, os preços da oleaginosa no Brasil.
Segundo dados da Secex, no acumulado do 1º semestre, as exportações de soja totalizaram 64.13 milhões de toneladas, um recorde para o período e 2,20% superior ao volume embarcado no mesmo período de 2023.
Milho
O movimento de queda nos preços do milho foi intensificado na primeira semana de julho. Segundo pesquisadores do CEPEA, a pressão vem do aumento da oferta do cereal no mercado spot, com o bom andamento da colheita de segunda safra, e das desvalorizações externas.
Além disso, muitos consumidores brasileiros evitam adquirir grandes volumes, priorizando o recebimento de lotes negociados antecipadamente à espera de novas quedas dos preços.
Do lado dos vendedores, embora se mostrem mais flexíveis, uma parcela ainda espera por recuperações nos preços, fundamentados, segundo pesquisadores do CEPEA, na menor produção nesta temporada e no clima desfavorável durante o desenvolvimento da atual safra, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca no Sudeste e em partes do Centro-Oeste.
