Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, após cinco sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 2 a 4,50 centavos, com o janeiro/24 cotado a US$ 13,62 (- 0,15%) e o março/24 cotado a US$ 13,74 (- 0,33%) o bushel. O janeiro na máxima do dia (US$ 13,80) registrou a maior cotação desde 15 de setembro. Nas últimas cinco sessões o janeiro acumula uma alta de 3,93% e o março de 3,72%.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 8,40 a US$ 9,90, com o dezembro cotado a US$ 447,40 (+ 2,26%) e o janeiro/24 a US$ 438,80 (+ 1,95%) a tonelada curta. O dezembro na máxima do dia (US$ 456,30) registrou nova máxima contratual. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 3,81% e o janeiro/24 uma alta de 4,98%.
O óleo de soja fechou em baixa, com o dezembro registrando uma queda de 2,58%. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 3,75%.
A soja fechou em baixa em um movimento de correção, após cinco sessões consecutivas de alta que foram impulsionadas pelas preocupações com as condições climáticas da América do Sul.
E as previsões ainda seguem preocupantes, já que os modelos climáticos indicam o excesso de precipitações no Sul do País e a falta de chuvas ou ainda com volume e distribuição muito irregulares no Centro-Norte do Brasil. Em ambos os casos, os trabalhos de campo ficam comprometidos. Assim, o plantio da safra 2023/24 segue atrasado e mantém sinais de alerta ligados no mercado.
Além do movimento de realização de lucros, o mercado sentiu também a pressão da queda generalizada das commodities nesta terça-feira, lideradas pelo petróleo, que por volta das 16h50 (Horário de Brasília) recuava mais de 4%.
Do lado da demanda, apesar de novas compras da China, o mercado está preocupado com a valorização do dólar no mercado internacional que pode reduzir a competitividade da soja americana. “A Sinograin está comprando soja nos EUA para embarque em fevereiro e março. O programa americano de exportação de soja ainda está bem atrasado, cenário que pode mudar em caso da quebra da safra do Brasil”, indicou a Agrinvest Commodities.
E este é mais um fator de atenção para o mercado e suporte para os preços, a possibilidade de uma quebra da safra brasileira. As condições de clima permanecem adversas para o desenvolvimento da safra 2023/24, o plantio permanece atrasado e trazendo muitas preocupações aos produtores brasileiros. Para o Presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, a safra deste ano deverá ser menor do que a do ano passado em função dos desafios que têm sido impostos pelo clima.
“Pelo que está se espelhando neste início de plantio é um cenário gravíssimo. Nunca vimos isso, nunca aconteceu isso da quantidade de áreas de replantio. Será uma safra abaixo do ano passado com certeza. Com o clima que temos agora e o El Niño consolidado, será um desastre, na nossa visão, em relação à safra passada”.
“Clima quente e seco no Brasil para 10 dias. O padrão vai continuar o mesmo. Produtores no MT já estão falando em segundo replantio e muitos problemas de desenvolvimento, como antecipação do ciclo das plantas devido ao estresse fisiológico”, indicou a Agrinvest.
Complementando o quadro de auxílio aos preços há ainda a nova alta do farelo, que chegou a subir mais de 3% hoje em Chicago. E ainda segundo a análise da Agrinvest, as atenções para o derivado estão focadas na oferta restrita, principalmente na da Argentina.
USDA – Vendas
Exportadores reportaram ao USDA a venda de 110.000 toneladas de soja do ano comercial 2023/24 para a China.
China – Importações
A China importou 5.16 milhões de toneladas de soja em outubro deste ano, segundo os dados preliminares divulgados hoje pela Administração Geral de Alfândegas (GACC) do país. O volume representa um aumento de 24,70% em relação a outubro do ano passado, mas uma queda de 27,90% em relação a setembro deste ano. Em valor, as importações chinesas de soja no mês passado totalizaram US$ 2.94 bilhões. No acumulado do ano, as compras de soja pela China totalizam 82.4 milhões de toneladas, aumento de 12,60% em relação ao mesmo período de 2022.
Segundo a GACC, a China importou 945.000 toneladas de óleos vegetais comestíveis em outubro, aumento de 27,20% na comparação com outubro de 2022. Em valor, as compras totalizaram US$ 923 milhões. De janeiro a outubro, foram importadas 8.09 milhões de toneladas de óleos vegetais, 82,70% a mais do que no mesmo período do ano passado.
USDA – Exportações EUA
Os volumes de soja inspecionados em portos dos Estados Unidos aumentaram na semana encerrada na última quinta-feira, 2 de novembro. Já os de milho e trigo diminuíram. Os dados foram divulgados ontem (6), pelo USDA, em seu relatório semanal de inspeção dos embarques de grãos do país.
O volume de soja inspecionado para exportação em portos norte-americanos aumentou 1,71% na semana, para 2.085.419 toneladas. Já o volume de milho foi de 535.191 toneladas, queda de 1,03% em relação ao da semana anterior. O volume inspecionado de trigo, por sua vez, diminuiu 63,9% para 71.608 toneladas.
O relatório mostra os volumes de grãos inspecionados para exportação no acumulado do ano-safra iniciado no dia 1º de junho de 2023 para o trigo e em 1º de setembro de 2023 para o milho e a soja.
Exportações de grãos na semana encerrada em 2 de novembro de 2023 (em toneladas)
Exportações de grãos dos EUA acumuladas no ano comercial
Milho fecha em baixa com o avanço da colheita nos EUA em movimento de correção
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 8,75 a 9 centavos, com o dezembro cotado a US$ 4,68½ (- 1,83%) e o março/24 a US$ 4,83½ (- 1,83%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 2,14% e o março de 1,93%.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa, após quatro sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 5,50 a 6,50 centavos, com o dezembro cotado a US$ 5,70¼ (- 0,96%) e o março/24 a US$ 5,96 (- 1,08%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 2,52% e o março de 1,84%.