Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 6 a 7 centavos, com o novembro cotado a US$ 12,88¼ (- 0,54%) e o janeiro/24 cotado a US$ 13,08½ (- 0,46%) o bushel. Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa. Nas últimas cinco sessões o novembro acumula uma queda de 1,74% e o janeiro de 1,58%.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 5,00 a US$ 5,50, com o dezembro cotado a US$ 429,20 (- 1,15%) e o janeiro/24 a US$ 417,30 (- 1,30%) a tonelada curta. O dezembro na máxima do dia (US$ 439,40), registrou a maior cotação desde 8 de março. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 3,72% e o janeiro/24 de 2,71%.
O óleo de soja fechou em alta, após duas sessões consecutivas de baixa, com o dezembro registrando um ganho de 2,49%. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 4,12%.
A soja fechou em baixa pressionada pela queda do farelo, com o mercado focado na expectativa de melhora das condições climáticas na da América do Sul e na maior disponibilidade da oleaginosa.
“Estamos em um período de sazonalidade negativa para as cotações da soja, já que existe uma percepção de uma oferta ainda muito inchada neste momento, com a colheita nos EUA entrando na reta final e o andamento do plantio no Brasil, em que pese o atraso nos trabalhos”, disse Matheus Pereira, Diretor da Pátria Agronegócios.
Com o indicativo de produção maior no curto prazo, os preços se mantêm em patamares mais baixos, mesmo com notícias de que a China pode aumentar a demanda pela oleaginosa americana.
“A China deve se manter agressiva nas compras de soja, e esse é um fator que pode fazer as cotações subirem, mas não neste momento, pois o foco está mesmo na oferta, com a demanda ficando em segundo plano”, disse Pereira.
O clima no Brasil ainda está irregular, porém, há previsões indicando melhoras para as próximas semanas, principalmente com a chegada de chuvas no Centro-Norte do Brasil, e com os trabalhos de plantio prestes a começar na Argentina.
Sobre o andamento da safra no Brasil, o Diretor da Pátria disse que algumas áreas em Mato Grosso precisarão ser replantadas, devido à falta de chuvas por um período de 25 dias. Apesar desse cenário, ele avalia que é prematuro falar em perda de produtividade da soja.
“O plantio está atrasado em relação às últimas três safras, quando o clima, sob influência do La Niña, trouxe chuvas acima da média para algumas regiões produtoras. Portanto, é preciso cautela para avaliar o potencial da safra”, disse Matheus Pereira.
China – EUA
Empresas agrícolas chinesas assinaram 11 acordos de compra de soja norte-americana, em cerimônia organizada pelo Conselho de Exportação de Soja dos EUA e outros grupos do setor e realizada em Des Moines, Iowa. A trading Archer Daniels Midland (ADM) assinou acordos com três companhias da China, informou o Conselho.
Outros importantes fornecedores norte-americanos, como Bunge, CHS e Cargill, também firmaram acordos com empresas chinesas como a Sinograin Oils.
USDA – Vendas
Exportadores reportaram ao USDA a venda de 126.000 toneladas de soja do ano comercial 2023/24 para a China.
Exportações – Malásia
As exportações de óleo de palma da Malásia totalizaram 1.077 milhão de toneladas de 1º a 25 de outubro, segundo estimativa da companhia de inspeção de cargas AmSpec Agri Malaysia. O volume representa uma queda de 1,08% em relação ao mesmo período do mês anterior.
Milho fecha novamente em baixa com o mercado focado no avanço da colheita nos EUA
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 3,50 a 45 centavos, com o dezembro cotado a US$ 4,80 (- 0,83%) e o março/24 a US$ 4,94½ (- 0,70%) o bushel. O dezembro na mínima do dia (US$ 4,76¾), registrou a menor cotação desde 2 de outubro. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 2,44% e o março de 2,37%.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 11,25 a 12 centavos, com o dezembro cotado a US$ 5,68½ (- 2,07%) e o março/24 a US$ 5,96¼ (- 1,85%) o bushel. O dezembro na mínima do dia (US$ 4,67), registrou a menor cotação desde 12 de outubro. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 2,02% e o março de 1,93%.
O milho fechou novamente em baixa seguindo a tendência de queda comum para esta época do ano, diante do avanço da colheita nos Estados Unidos e da percepção do aumento na oferta para o ciclo 2023/24, disse Matheus Pereira, Diretor da Pátria Agronegócios.
Neste contexto de maior disponibilidade de milho, Pereira indica que as exportações do Brasil estão aquecidas neste momento. “A fila para os embarques segue aumentando e batendo recordes. Pelos próximos 30 dias elevamos em 2 milhões de toneladas a nossa estimativa das exportações, que agora são de 10 milhões de toneladas. Nunca houve tanto milho sendo demandado quanto agora”, disse o Diretor de Pátria.
Segundo ele, essa “pressão” de baixa sobre os contratos futuros deve perder força quando o mercado voltar as suas atenções para o plantio do milho safrinha no Brasil. “Quando o mercado começar a olhar para o Brasil pode tomar um ‘susto’, ao se deparar uma estimativa de uma oferta menor, já que a área para a nova safra deverá diminuir, enquanto a demanda deve se manter firme”, disse.
O clima seco que era uma preocupação para as lavouras de trigo da Argentina e Austrália mudou. As chuvas recentes nessas áreas aliviaram um pouco as preocupações com as colheitas nesses países.
Devido ao aumento das chuvas nas lavouras australianas, analistas estão revisando para cima as suas estimativas para a safra 2023/24. A projeção é que a colheita totalize um volume entre 26 milhões e 28 milhões de toneladas, indicou o relatório da TF Consultoria Agroeconômica, citando informações do Commerzbank.
Trigo – Rússia
O volume de trigo russo que foi vendido, mas não embarcado totalizava 1.6 milhão de toneladas nesta quarta-feira, o menor volume desde o início de junho, informou em nota a consultoria SovEcon. Segundo participantes do mercado, as vendas da Rússia continuam diminuindo devido a recomendações do governo para que exportadores não vendam o grão aos preços atuais do mercado.
Segundo informações na mídia, o Ministério da Agricultura tinha estabelecido um “piso” de US$ 260,00-US$ 270,00 a tonelada/FOB, indicou a SovEcon. “Embora esse piso possa ter diminuído levemente nas últimas semanas, aparentemente continua acima dos preços do mercado”, indicou a Consultoria.
A SovEcon estima que as exportações russas de trigo totalizarão 4.2 milhões de toneladas em outubro, contra 4.5 milhões de toneladas em outubro de 2022.