Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 21,75 a 22,50 centavos, com o novembro/23 cotado a US$ 13,46½ (- 1,64%) e o janeiro/24 a US$ 13,62¼ (- 1,57%) o bushel. O novembro na mínima do dia (US$ 13,40¾) registrou a menor cotação desde 23 de agosto. Nas últimas cinco sessões o novembro registra uma queda de 1,32% e o janeiro de 1,14%.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 6,80 a US$ 7,60, com o outubro cotado a US$ 397,80 (- 1,87%) e o dezembro a US$ 398,10 (+ 1,68%), a tonelada curta.
O óleo de soja fechou em baixa, com o dezembro registrando uma queda de 0,71%. O dezembro na mínima do dia (59,06) registrou a menor cotação desde 8 de agosto. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 4,31%.
USDA – Oferta e Demanda
Os números do USDA foram divulgados nesta tarde de terça-feira (12) e confirmaram para a soja a redução da produtividade da safra dos EUA 2023/24 de 57,04 sacas para 56,15 sacas por hectare e a redução da produção de 114.44 milhões para 112.84 milhões de toneladas.
Importações China
O Ministério da Agricultura da China elevou as estimativas das importações de soja para 2022/23 em 4.66 milhões de toneladas em relação a agosto, para 99.86 milhões de toneladas, superando as estimativas anteriores, devido à abundância de ofertas globais.
As importações de soja para o ano-safra de 2023/24 também estão maiores do que a estimativa do mês passado de 97.25 milhões de toneladas, informou o relatório.
Segundo o Ministério, “a principal razão do aumento é que a demanda da indústria doméstica de criação de gado e aves por matérias-primas de proteína alimentar permanecerá alta”.
Exportações Brasil
Segundo números da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) divulgados nesta terça-feira, as exportações de soja do Brasil em setembro podem totalizar até 7.38 milhões de toneladas, próximo da estimativa da semana anterior, também um aumento superior a 3 milhões de toneladas na comparação anual.
As exportações de farelo de soja do Brasil devem totalizar 2.16 milhões de toneladas, versus 1.75 milhão de toneladas no mesmo mês de 2022.
Brasil – Safra 2022/23
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) atualizou as estimativas para a safra 2022/23 e as estatísticas mensais do complexo soja até o mês de julho.
As novas estimativas da entidade para a atual safra indicam que a produção da soja em grão deve totalizar 157.3 milhões de toneladas, aumento de 300.000 toneladas em comparação com o levantamento do mês passado. A estimativa do processamento do grão segue inalterada em 53.5 milhões de toneladas.
Os volumes de produção de farelo e óleo de soja neste ano também estão mantidos em 41 milhões e 10.8 milhões de toneladas, respectivamente.
O processamento da soja em grão entre janeiro e julho foi de 28.3 milhões de toneladas, quando corrigido pelo percentual da amostra atual (89,30%), registra um aumento de 5,20% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já o processamento do mês de julho foi de 4.518 milhões de toneladas, aumento de 3,40% em relação ao mês anterior e de 5,80% em relação à julho de 2022.
A estimativa das exportações da soja em grão foi aumentada de 98.5 milhões de toneladas da projeção anterior para 99 milhões de toneladas no atual balanço. Já os volumes de farelo e óleo seguem inalterados, 22 milhões e 2.4 milhões de toneladas, respectivamente.
A estimativa de geração de receita com as exportações do complexo soja neste ano é de US$ 66.8 bilhões, sendo US$ 52.9 bilhões da soja em grão, US$ 11 bilhões do farelo e US$ 2.9 bilhões do óleo.
MT
A comercialização da soja da safra 2022/23 em Mato Grosso atingiu até agosto, 88,85% da produção, avanço de 5,26% em relação a julho de 2023. A informação foi divulgada, em boletim, pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Esse percentual de comercialização ficou 1,29% acima do mesmo período da safra passada “pela primeira vez este ano”, indicou o instituto.
Segundo o IMEA, a alta dos preços da oleaginosa “influenciou o produtor a negociar maiores volumes”. O preço médio da soja no mês passado em Mato Grosso foi de R$ 118,33 por saca, aumento de 4,39% em relação a julho.
Em relação à safra 2023/24, as vendas antecipadas da oleaginosa em Mato Grosso atingiram 25,76% da produção estimada, avanço de 4,65% em relação a julho. “Esse avanço é justificado pela necessidade de travar os custos para a temporada e pelo aumento nos preços da soja futura”, indicou o IMEA. Quanto ao preço, o valor médio negociado da soja 2023/24 aumentou 4,95% em agosto em relação a julho, para R$ 110,63 por saca.
Milho fecha em baixa, pressionado pelo relatório de oferta e demanda do USDA
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 9,25 centavos, com o dezembro cotado a US$ 4,76½ (- 1,90%) e o março/24 a US$ 4,91 (- 1,85%) o bushel. O dezembro na mínima do dia (US$ 4,73½) registrou a menor cotação desde 16 de agosto. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 1,95% e o março de 1,95%.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta, após três sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 3 a 3,25 centavos, com o dezembro cotado a US$ 5,87½ (+ 0,51%) e o março/24 a US$ 6,14 (+ 0,53%) o bushel. O dezembro e o março nas mínimas do dia (US$ 5,70 e US$ 5,96½) registraram novas mínimas contratuais. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 2% e o março de 1,76%.
USDA – Oferta e Demanda
O USDA aumentou a estimativa da produção norte-americana do milho de 383.84 milhões para 384.42 milhões de toneladas.
A safra 2023/24 de trigo dos Estados Unidos foi mantida em 47.20 milhões de toneladas.
Os estoques do país foram mantidos em 16.75 milhões de toneladas. Já as exportações americanas do cereal estão estimadas em 19.05 milhões de toneladas, mesmo volume do relatório anterior.
A produção de trigo do Brasil na temporada 2023/24 foi mantida em 10.30 milhões de toneladas. Os estoques foram estimados em 2.43 milhões de toneladas, o mesmo volume do relatório anterior. As exportações seguem sendo estimadas em 3.50 milhões de toneladas.
A produção mundial 2023/24 foi reduzida para 787.34 milhões de toneladas, de 793.37 milhões de toneladas na última estimativa e 790.59 milhões de toneladas da safra anterior. Os estoques são estimados em 258.61 milhões de toneladas no novo ciclo, contra a estimativa no último mês de 265.61 milhões de toneladas. Os estoques finais da temporada 2022/23 no mundo foram estimados em 267.13 milhões de toneladas.
Importações China
O Ministério da Agricultura da China elevou as estimativas das importações de milho para o ano-safra de 2022/23, que termina neste mês, em 500.000 toneladas a partir de agosto, para 18.5 milhões de toneladas, segundo o relatório mensal de perspectivas de oferta e demanda de safra divulgado nesta terça-feira.
O Ministério, em seu relatório Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Chinesa (CASDE, na sigla em inglês), não informou o motivo do aumento.
O Ministério também elevou a sua estimativa para a área plantada de milho no ano-safra de 2023/24 em 400.000 hectares, sem informar o motivo.
As fortes chuvas em partes do país em agosto aumentaram a umidade do solo e promoveram o crescimento das culturas de milho e soja, segundo o relatório.
Exportações Brasil
As exportações do milho do Brasil em setembro foram estimadas em até 10.69 milhões de toneladas, contra a projeção da semana anterior de 9.67 milhões de toneladas, segundo números da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) divulgados nesta terça-feira.
Na estimativa mais conservadora para este mês, de 9.7 milhões de toneladas, o volume registraria um novo recorde mensal, segundo números da ANEC.
O volume superaria a marca histórica de 9.26 milhões de toneladas registrada em agosto, com o Brasil escoando uma safra recorde.
O total estimado para setembro pode superar em mais de 3 milhões de toneladas os embarques do mesmo período do ano passado.
MT
Mato Grosso já comercializou até agosto, 65,33% da safra de milho do ciclo 2022/23, avanço de 6,79% em relação a julho, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), em boletim. Segundo o comunicado, a necessidade de produtores de liberarem espaço nos armazéns, além da alta nos preços médios do grão, contribuíram para o avanço das negociações no mês passado. A cotação média da saca de milho em agosto no Estado foi de R$ 36,07, alta de 4,86% em relação a julho.
Quanto às vendas antecipadas da safra de inverno do milho mato-grossense 2023/24, o avanço foi de apenas 1,28% para 7,90% da produção estimada, pela média de R$ 32,52 por saca. “Apesar do aumento mensal, as negociações para o ciclo continuam atrasadas em relação a média dos últimos cinco anos em 27,55% e em 6,42% em relação ao ano passado”, informou o IMEA.
Para o instituto, a comercialização “mais lenta” se deve às incertezas em relação à safra, principalmente quanto à área plantada e aos preços. “Embora as cotações tenham subido 4,16% em agosto de 2023, ainda não cobrem o custo operacional efetivo para a temporada”, indicou o IMEA.
