Soja fecha em baixa pressionada pela alta do dólar no mercado internacional, pelo avanço da colheita nos EUA e do plantio no Brasil

O novembro na mínima do dia (US$ 12,93) registrou a menor cotação desde 8 de agosto – Imagem de jcomp no Freepik

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas 25,50 a 26,25 centavos, com o novembro cotado a US$ 12,93¾ (- 1,99%) e o janeiro/24 a US$ 13,10¾ (- 1,91%) o bushel. O novembro na mínima do dia (US$ 12,93) registrou a menor cotação desde 8 de agosto. Nas últimas cinco sessões o novembro registra uma queda de 4,91% e o janeiro de 4,72%.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 6,80 a US$ 7,00, com o dezembro cotado a US$ 388,10 (- 1,77%) e o janeiro/24 a US$ 384,80 (- 1,74%), a tonelada curta. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 2,83% o janeiro de 2,90%.

O óleo de soja fechou em baixa pela quarta sessão consecutiva, com o dezembro registrando uma queda de 1,50%. O dezembro na mínima do dia (58,28) registrou a menor cotação desde 8 de agosto. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 5,38%.

A soja fechou em forte queda, pressionada, principalmente, pela alta do dólar, que registrou no mercado internacional uma máxima de seis meses durante a noite, após a reunião de ontem do Comitê de Política Monetária (FOMC) do Fed.

Além disso, também pesou sobre a soja a ampla oferta disponível no mercado. Os números das vendas semanais divulgados pelo USDA decepcionaram, já que além de ficarem abaixo das estimativas, registraram o menor volume em dois meses.

O vencimento novembro rompeu a média móvel de 100 dias pela primeira vez em seis semanas e também o suporte dos US$ 13,00. O vencimento não fechava abaixo dos US$ 13,00 desde 29 de junho.

A soja registrou uma nova mínima desde 8 de agosto, enquanto o milho se manteve próximo da mínima de quase três anos, na medida em que o avanço da colheita nos EUA e o do plantio no Brasil, aumentam a pressão sobre ambas as commodities.

USDA – Relatório Semanal de Vendas

Soja – Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 434.100 toneladas de soja da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 14 de setembro.

Os principais compradores foram China (208.600 toneladas), Japão (74.800 toneladas), Países Baixos (56.300 toneladas), Indonésia (38.000 toneladas) e Egito (33.000 toneladas) que compensaram o cancelamento feito pelo Japão (3.200 toneladas).

As vendas da semana ficaram abaixo das estimativas dos analistas, que variavam entre 550.000 e 1 milhão de toneladas.

Os embarques semanais do período totalizaram 544.900 toneladas. Os principais destinos foram China (183.300 toneladas), Japão (89.200 toneladas), México (85.200 toneladas), Indonésia (63.200 toneladas) e Países Baixos (56.300 toneladas), Espanha (58.200 toneladas).

Farelo – Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 12.700 toneladas de soja da safra 2022/23, na semana encerrada em 14 de setembro. O volume é muito menor do que o da semana anterior e 78% menor do que á média das últimas 4 semanas.

Os principais compradores foram Guatemala (13.500 toneladas), Filipinas (6.800 toneladas), Canadá (6.600 toneladas), Japão (3.400 toneladas) e Oman (3.000 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos por El salvador (13.100 toneladas), Honduras (6,300 toneladas), Destinos desconhecidos (3.000 toneladas), Bélgica (2.500 toneladas) e Equador (100 toneladas).

Da safra 2023/24 foram vendidas 439.100 toneladas para Filipinas (277.300 toneladas), México (54.700 toneladas), Republica Dominicana (28.000 toneladas), Canadá (23.100 toneladas) e Honduras (23.100 toneladas) que compensaram o cancelamento feito por Destinos desconhecidos (105.300 toneladas).

O volume das vendas ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam entre 150.000 e 600.000 toneladas.

Os embarques semanais totalizaram 304.300 toneladas, volume significativamente maior do que o da semana anterior e 47% em relação à média das últimas 4 semanas. Os destinos foram Filipinas (102.300 toneladas), Guatemala (39.500 toneladas), México (31.900 toneladas), Equador (31.900 toneladas) e Colômbia (30.600 toneladas).

Milho fecha em baixa pressionado pela alta do dólar no mercado internacional e pelo avanço da colheita nos EUA

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 6,75 a 7 centavos, com o dezembro cotado a US$ 4,75¼ (- 1,45%) e o março/24 a US$ 4,90 (- 1,36%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 1,09% e o março de 0,91%.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 12,50 a 13 centavos, com o dezembro cotado a US$ 5,75¾ (- 2,21%) e o março/24 a US$ 6,02¼ (- 2,03%) o bushel. O dezembro na mínima do dia (US$ 5,75) registrou a menor cotação desde 12 de setembro. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 3,03% e o março de 2,90%.

USDA – Vendas

Exportadores reportaram ao USDA a venda de 137.160 toneladas de milho para o México, sendo 121.920 toneladas do ano comercial 2023/24 e 15.240 toneladas do ano comercial 2024/25.

USDA – Relatório Semanal de Vendas

Milho – Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 566.900 toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na encerrada em 14 de setembro.

Os principais compradores foram Japão (197.300 toneladas), México (131.700 toneladas), China (71.200 toneladas), Destinos desconhecidos (57.800 toneladas) e Colômbia (45.000 toneladas), que compensaram cancelamentos feitos pela Jamaica (18.000 toneladas), por El Salvador (3.200 toneladas) e Costa Rica (1.200 toneladas).

O volume das vendas ficou próximo do piso das estimativas dos analistas, que variavam entre 550.000 e 850.000 toneladas.

Os embarques semanais do período totalizaram 602.500 toneladas. Os principais destinos foram México (329.300 toneladas), Japão (158.000 toneladas), China (71.200 toneladas), Guatemala (19.400 toneladas) e Honduras (10.700 toneladas).

Trigo – Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 307.700 toneladas de trigo da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 14 de setembro.

O volume representa uma queda de 30% em relação ao da semana anterior e de 20% em relação à média das quatro semanas anteriores.

Os principais compradores foram Filipinas (73.500 toneladas), Coreia do Sul (54.200 toneladas), Destinos desconhecidos (49.000 toneladas), Indonésia (28.000 toneladas) e Japão (20.500 toneladas), que compensaram o cancelamento feito pela Argélia (500 toneladas).

Da safra 2024/25 foram vendidas 14.000 toneladas para o Peru.

O volume das vendas, ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam entre 250.000 e 500.000 toneladas.

Os embarques semanais totalizaram 296.000 toneladas, queda de 28% em relação aos da semana anterior e de 17% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Indonésia (108.300 toneladas), México (86.700 toneladas), Vietnã (32.200 toneladas), Honduras (24.500 toneladas) e Filipinas (23.000 toneladas).

Por Equipe SNA
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