Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, em um movimento de correção. Os principais vencimentos registraram quedas de 16,75 a 17,25 centavos. O março/19 fechou cotado a US$ 9,06 ¾ e o maio/19 a US$ 9,20 ¼ o bushel.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT também fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ US$ 5,90 a US$ 6,60. O março/19 fechou cotado a US$ 316,80 e o maio/19 a US$ 320,60 a tonelada curta.
As atenções do mercado seguem voltadas para a relação comercial entre China e Estados Unidos, bem como a evolução da safra da América do Sul e em quais condições climáticas ocorre.
“As tensões políticas entre EUA e China são reduzidas com promessas de aumento da demanda de produtos agrícolas norte-americanos, na tentativa de reduzir o déficit comercial que favorece o lado asiático. Este “novo capítulo” da retórica de Trump e Jinping coloca dificuldades para que operadores do Mercado adicionem posições
de vendas agressivas na CBOT”, dizem os analistas de mercado da ARC MERCOSUL.
Com relação ao clima no Brasil, atenção ainda sobre as chuvas que permanecem concentradas no norte e no sul do Brasil, enquanto os volumes ainda são limitados na região central do país, ainda segundo a ARC MERCOSUL.
E nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou o seu novo levantamento de safra mostrando a produção de soja em 118.8 milhões de toneladas, contra consultorias privadas falando em 116 milhões de toneladas, em média e frente a sua última estimativa de 120.06 milhões de toneladas divulgada em dezembro.
Plantio na Argentina
O plantio de soja na Argentina chegou a 96,1% dos 17.9 milhões de hectares estimados, segundo os dados do Panorama Agrícola Semanal (PAS) da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
Este percentual representa um progresso semanal de 6,5%.
A maior parte da área plantada mantém uma condição hídrica favorável com expectativas de rendimento elevadas, sobretudo em zonas de alto potencial.
Contudo, o padrão úmido aumentou a área em condição de excesso hídrico, promovendo perdas de lotes que, em alguns casos, não chegarão a ser replantados.
Milho também fecha em queda na CBOT
Os contratos futuros do milho na CBOT voltaram a fechar em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 5,25 a 5,75 centavos. O março/19 fechou cotado a US$ 3,76 ¼ e o maio/19 a US$ 3,84 ½ o bushel.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 6,25 a 6,50 centavos. O março/19 fechou cotado a US$ 5,13 ¾ e o maio/19 a US$ 5,19 ¾ o bushel.
Plantio Argentina
O plantio de milho na Argentina chegou a 86,1%, ou quase 5 milhões de hectares, dos 5.8 milhões de hectares estimados, segundo o Panorama Agrícola Semanal (PAS) da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).
As áreas mais precoces transitam o período crítico de definição de rendimento sob boas condições, com exceção dos setores do Centro-Norte de Santa Fe, onde os excessos hídricos complicam o estado do cultivo e os trabalhos de plantio tardio.
Mercado Interno
Já o mercado interno permaneceu estável na maioria das cidades. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, apenas nas praças de Sorriso (MT) e Porto Paranaguá (PR) a saca registrou quedas de 2,78% e 1,39%, cotada a R$ 17,50 e R$ 35,50, respectivamente. Em Alto Garças (MT), Itiquira (MT), Oeste da Bahia e Campinas (SP) a saca encerrou o dia em alta.
Segundo a XP Investimentos, os preços do milho seguem com pouca força e volatilidade. Compradores fizeram compras volumosas e repuseram parte dos estoques consumidos durante o período de festas e produtores locais estão fora das vendas. Já as movimentações e especulações ficam por conta dos Intermediários e silos, que tentam inflacionar os lotes de diferido para realizar lucro. A especulação, porém, tem pouca força, visto que o milho tributado (MS e MG) reaparece nas praças paulistas.
Quanto ao início da colheita da safra de verão, agentes dividem suas opiniões para com o direcional de preços (aumento de disponibilidade versus seca na região Sul e Centro Oeste e inflação dos fretes). Nos portos, as cotações voltaram a recuar. Nem mesmo a disposição de pagar prêmios maiores para “terminar” a originarão do milho, virando as atenções para a soja, foram suficientes para sustentar os preços.