Soja fecha em baixa com movimento de realização de lucros

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 2,75 a 4,50 centavos, com o setembro/23 cotado a US$ 14,50½ (- 0,19%) e o novembro/23 a US$ 14,20 (- 0,32%) o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 4,50 a US$ 5,90, com o setembro cotado a US$ 436,30 (+ 1,37%) e o dezembro a US$ 416,10 (+ 1,09%), a tonelada curta.

O óleo de soja fechou em baixa, com exceção do agosto e setembro que fecharam em alta, após quatro sessões consecutivas de alta, com o dezembro registrando uma queda de 0,74% e acumulando uma alta de 7,51% nas últimas cinco sessões.

A soja fechou em baixa, em uma sessão volátil, pressionada pelo movimento de realização de lucros, depois das boas altas da sessão anterior.

Contudo, o mercado segue monitorando as condições climáticas no Meio-Oeste americano e a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia.

As previsões do tempo estendidas continuam mostrando grandes chances de temperaturas acima da média durante a primeira semana de agosto na maior parte do Corn Belt. No entanto, é provável que o calor seja menos intenso do que o que ocorrido esta semana e há uma maior chance da ocorrência de chuvas em todo o Heartland durante esse período, o que pode ajudar a aliviar qualquer potencial estresse de calor que as lavouras possam sofrer naquele momento.

Após os ataques às instalações portuárias do Danúbio que elevaram os preços do trigo ontem, levando os vencimentos mais negociados para o limite de alta, hoje os mercados se estabilizaram enquanto avaliam as implicações das escaladas e esperam para ver o que virá a seguir.

A Rússia rejeitou os apelos da ONU para retornar ao acordo de grãos, afirmando que é impossível fazê-lo, pois as suas demandas não foram atendidas.

Membros da União Europeia estão reunidos hoje para discutir novas formas de transportar grãos para fora da Ucrânia, depois que a Rússia tornou inviável o acordo do Mar Negro. A Associação de Grãos da Ucrânia (UGA, na sigla em inglês) pediu aos países bálticos, como Alemanha, Holanda, Croácia, Itália e Eslovênia, criem novos corredores marítimos.

Paralelamente, o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo para que os russos retomem a iniciativa de grãos, em prol da alimentação dos mais vulneráveis. Na última semana, além de sair do acordo que permitia o escoamento de grãos pelos portos do Mar Negro, a Rússia bombardeou instalações de grãos no rio Danúbio.

O mercado também segue focado na economia global, com as atenções voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve amanhã, que deve anunciar um novo aumento das taxas de juros.

Milho fechou em baixa com movimento de realização de lucros

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 3 centavos, com o setembro cotado a US$ 5,57½ (- 0,54%) e o dezembro/23 a US$ 5,65¼ (- 0,53%) o bushel. O setembro acumula uma alta de 5,39% e o dezembro de 5,66% nas últimas cinco sessões.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 2,75 a 3,25 centavos, com o setembro cotado a US$ 7,60¼ (+ 0,36%) e o dezembro/23 a US$ 7,80¾ (+ 0,42%) o bushel. O setembro na máxima do dia (US$ 7,77¼) registrou a maio cotação desde 22 de fevereiro e o dezembro na máxima do dia (US$ 7,96¼), registrou a maior cotação desde 21 de fevereiro. O setembro acumula uma alta de 13,34% e o dezembro de 13,07% nas últimas cinco sessões.

Por Equipe SNA
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