Soja fecha em alta influenciada pelo relatório do USDA

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta, mas longe das máximas. O novembro na máxima do dia (US$ 10,79¾) registrou a maior cotação da vida de contrato. Os principais vencimentos registraram ganhos de 15,50 a 17,75 centavos. O novembro/20 fechou cotado a US$ 10,65½ e o janeiro/21 a US$ 10,65¾ o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em alta, mas longe das máximas. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 4,10. O dezembro/20 fechou cotado a US$ 363,70 e o janeiro/21 a US$ 360,90 a tonelada curta.

USDA – Relatório de Oferta e Demanda

EUA 

A produção norte-americana 2020/21 de soja foi estimada em 116.16 milhões de toneladas, contra 117.38 milhões de toneladas em setembro. O mercado esperava algo em torno de 116.75 milhões de toneladas. A produtividade foi mantida em 58,17 sacas por hectare contra 58,17 sacas por hectare do boletim de setembro.

Os estoques finais de soja da nova safra foram estimados em 7.89 milhões de toneladas, contra 12.52 milhões de toneladas no mês passado. A média das expectativas era de 9.8 milhões de toneladas. O esmagamento e as exportações de soja dos EUA foram estimados em 59.33 (mantido) e 59.87 (em alta) milhões de toneladas, respectivamente.

Mundo 

A estimativa da produção mundial de soja foi reduzida para 368.5 milhões de toneladas, contra 369.74 milhões de toneladas de setembro. Os estoques finais mundiais foram reduzidos de 93.59 para 88.7 milhões de toneladas, bem abaixo da média esperada pelo mercado que era de 91.3 milhões de toneladas.

A safra do Brasil foi estimada em 133 milhões de toneladas, o mesmo volume do boletim do mês passado.  O USDA também manteve a estimativa da safra da Argentina em 53.5 milhões de toneladas

Brasil – Comercialização da Safra 2020/21  

A comercialização da safra de soja 2020/21 do Brasil alcançou a 52,90% da produção estimada, informou a consultoria Safras & Mercado nesta sexta-feira, um avanço de 3,60% em relação levantamento de setembro e muito acima da média de anos anteriores.

Um ano antes, a negociação da safra 2019/20 totalizava 25,80%, enquanto a média para o período é de 25,40%, indicou a consultoria.

Levando-se em conta uma safra estimada em 132.17 milhões de toneladas, o total de soja já negociada é de 69.87 milhões de toneladas, em meio a um dólar favorável à exportação e demanda aquecida no mercado internacional, puxada pela China.

Já as vendas da safra 2019/20, colhida neste ano, subiu de 97,90% no início de setembro para 98,40%.

“A comercialização está acelerada na comparação com o ano anterior (2018/19), quando o percentual era de 92%, e também supera a média normal para o período, de 90,60%”, indicou.

Com a safra 2019/20 estimada em 125.34 milhões de toneladas, o total já negociado pelos produtores chega a 123.38 milhões de toneladas.

Milho fecha em alta também influenciado pelo relatório do USDA 

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em alta. O dezembro na máxima do dia (US$ 3,98¼) registrou a maior cotação desde 29 de janeiro. Os principais vencimentos registraram ganhos de 7,50 a 8 centavos. O dezembro/20 fechou cotado a US$ 3,95 e o março/21 a US$ 4,02¼ o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 1 a 1,50 centavos. O dezembro/20 fechou cotado a US$ 5,93¾ e o março/21 fechou cotado a US$ 5,97¾ o bushel.

USDA – Relatório de Oferta e Demanda  

EUA 

No milho, a estimativa da safra 2020/21 foi reduzida de 378.48 para 374 milhões de toneladas, queda de 4,50%.  Os estoques americanos de milho também foram bastante reduzidos de 63.6 para 55 milhões de toneladas, uma queda de 8,50%. Contudo, o mercado esperava estoques de 53.9 milhões de toneladas.

Do lado da demanda, o USDA reduziu o uso do cereal para a produção de etanol, para 128.28 milhões de toneladas contra 129.55 milhões de toneladas do boletim anterior. Em contrapartida, manteve as exportações em 59.06 milhões de toneladas.

Mundo 

A estimativa da produção mundial de milho foi reduzida para 1.158.8 bilhão de toneladas, com os estoques finais de 300.5 milhões de toneladas. Há um mês, a estimativa foi de 1.162.38 bilhão de toneladas de safra global e 306.79 milhões de toneladas de estoques finais.

O USDA manteve a safra do Brasil em 110 milhões de toneladas. A safra argentina também foi mantida em 50 milhões de toneladas

China  

O Ministério da Agricultura da China informou nesta sexta-feira que não fez alterações em suas estimativas de outubro para suas principais safras na temporada de 2020/21.

Apesar das preocupações com o impacto dos tufões recentes, o Ministério disse que as condições climáticas em setembro foram melhores do que a média dos anos anteriores e favoráveis ​​a uma boa produção de milho.

A nova safra do cereal e a chegada de milho importado e outros grãos substitutos ajudariam a aliviar a oferta apertada do grão usado predominantemente na ração animal, acrescentou, mas a recuperação da demanda da pecuária e os custos mais altos da colheita após alguns danos à safra manteriam os preços do milho nos níveis atuais.

Argentina 

O plantio de milho na Argentina atingiu 20,80% da área total estimada de 6.3 milhões de hectares, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. A área representa uma redução de 200.000 hectares, ou 3,10%, em relação à área plantada na safra 2019/20, de 6.5 milhões de hectares. O plantio avançou 5,40% em relação à semana anterior, mas está 3,40% atrasado na comparação com a ano anterior. Segundo a Bolsa, a falta de chuvas nas províncias de Córdoba e Santa Fé está retardando os trabalhos.

Com relação ao trigo, a Bolsa informou que 47% das lavouras estão em condições regulares ou ruins, em comparação com 46% na semana anterior. Já o percentual das lavouras em condições boas ou excelentes aumentou de 8% para 13%. Além disso, 47% da área plantada tem condição hídrica regular ou seca, contra 42% na semana anterior.

No Centro-Oeste da área agrícola, o percentual das lavouras em condições regulares ou ruins aumentou 10% após as geadas ocorridas na semana passada. A Bolsa informou que as geadas coincidiram com estágios reprodutivos que são sensíveis a baixas temperaturas, e que o déficit hídrico nessa região agravou ainda mais o quadro.

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