Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 4 a 5,50 centavos, com o setembro/23 cotado a US$ 13,82 (+ 0,40%) e o novembro/23 a US$ 13,25¼ (+ 0,30%) o bushel. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 5,02% e o novembro de 5,20%.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 3,20 a US$ 6,30, com o setembro cotado a US$ 427,10 (+ 0,75%) e o dezembro a US$ 398,50 (+ 1,61%), a tonelada curta. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 4,00% e o dezembro de 4,50%.
O óleo de soja fechou novamente em baixa, com o dezembro registrando uma queda de 1,10%. Nas últimas cinco sessões, o dezembro registra uma queda de 3,04%.
A soja fechou em alta na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (3), com o mercado se mantendo muito volátil. Os traders seguem na expectativa da divulgação do boletim mensal de oferta e demanda do USDA no próximo dia 11. Além disso, sentem os reflexos do mercado financeiro e seguem atentos as condições climáticas no Meio-Oeste americano.
Fortes dados das vendas semanais dos EUA para soja e farelo de soja se mostraram ser mais eficazes no suporte dos preços. As vendas de soja na semana passada foram as maiores desde dezembro, refletindo o retorno sazonal dos importadores chineses ao mercado dos EUA.
As vendas de farelo de soja, também impressionaram o mercado.
Segundo analistas e consultores, com o USDA no horizonte e agosto sendo um mês decisivo para as lavouras da soja nos Estados Unidos, o mercado deverá definir melhor um caminho após o relatório. Enquanto isso, nesta quinta-feira, recupera parte da queda da sessão anterior, provocada por um dia de maior aversão ao risco no mercado financeiro.
USDA – Vendas
Exportadores reportaram ao USDA a venda de 134.000 toneladas de soja da safra 2023/24 para a China.
USDA – Relatório Semanal de Vendas
Soja
Exportadores dos Estados Unidos venderam 90.600 toneladas de soja da safra 2022/23, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 27 de julho. O volume representa uma queda de 54% em relação ao da semana anterior e de 16% em relação à média das quatro semanas anteriores.
Na semana, os principais compradores foram Holanda (56.500 toneladas), México (23.500 toneladas), Indonésia (13.800 toneladas), Espanha (5.500 toneladas) e China (4.900 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos pelo Japão (21.700 toneladas), por destinos desconhecidos (7.800 toneladas) e Coreia do Sul (200 toneladas).
Da safra 2023/24 foram vendidas 2.630.700 toneladas para destinos desconhecidos (1.574.000 toneladas), China (859.000 toneladas), México (166.500 toneladas), Indonésia (13.500 toneladas) e Taiwan (10.500 toneladas), que compensaram o cancelamento feito pelo Japão (300 toneladas).
O volume das vendas ficou acima das estimativas dos analistas, que variavam entre 1.600 milhão e 2.600 milhões de toneladas.
Os embarques semanais do período totalizaram 344.900 toneladas, queda de 9% em relação aos da semana anterior, mas um aumento de 30% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram México (69.500 toneladas), Japão (66.300 toneladas), Espanha (60.500 toneladas), Holanda (56.500 toneladas) e Egito (33.000 toneladas).
Farelo
Exportadores dos Estados Unidos venderam 163.600 toneladas de farelo de soja da safra 2022/23, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 27 de julho. O volume representa um aumento de 2% em relação ao da semana anterior e de 3% em relação à média as quatro semanas anteriores.
Os principais compradores foram Filipinas (44.400 toneladas), Colômbia (27.900 toneladas), Venezuela (20.700 toneladas), Canadá (16.600 toneladas) e Irlanda (14.800 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos por destinos desconhecidos (9.800 toneladas), Costa Rica (6.000 toneladas) e El Salvador (4.100 toneladas).
Da safra 2023/24 foram vendidas 183.300 toneladas para República Dominicana (51.300 toneladas), destinos desconhecidos (45.600 toneladas), Filipinas (42.000 toneladas), Honduras (24.300 toneladas) e Canadá (9.100 toneladas).
O volume das vendas ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam entre 100.000 e 500.000 toneladas.
Os embarques semanais totalizaram 216.200 toneladas, uma queda de 26% em relação aos da semana anterior e de 11% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram México (45.400 toneladas), Guatemala (31.500 toneladas), Reino Unido (29.500 toneladas), Colômbia (25.300 toneladas) e Canadá (20.900 toneladas).
Ucrânia
O sindicato ucraniano de comerciantes de grãos UGA aumentou a sua estimativa de colheita combinada de grãos e oleaginosas da Ucrânia em quase 8 milhões de toneladas, para 76.8 milhões de toneladas.
A colheita provavelmente incluirá 26.9 milhões de toneladas de milho, 20.2 milhões de toneladas de trigo, 5.2 milhões de toneladas de cevada, 13.9 milhões de toneladas de sementes de girassol, 3.9 milhões de toneladas de colza e 4.8 milhões de toneladas de soja, informou a UGA nesta quinta-feira em comunicado.
“O aumento na estimativa da safra deste ano se deve às condições climáticas favoráveise ao rendimento das safras acima do esperado, embora a área plantada seja 2.2 milhões de hectares menor que no ano passado”, disse a UGA.
A UGA estima as exportações de grãos e oleaginosas ucranianas em 48 milhões de toneladas na temporada de julho a junho de 2023/24, em comparação com as 58 milhões de toneladas em 2022/23.
As exportações do trigo podem totalizar 15 milhões de toneladas em 2023/24, em comparação com as 16.8 milhões toneladas exportadas em 2022/23, e os embarques de milho ucraniano podem cair para 22 milhões de toneladas de 29.5 milhões de toneladas.
A UGA enfatiza que, em geral, as exportações de grãos e oleaginosas na nova temporada 2023/2024 podem permanecer no nível especificado se a Ucrânia puder exportar através de seus portos do Mar Negro, bem como se a logística de rotas alternativas, incluindo a rota do Danúbio, se tornarem melhores e mais baratas.
A Rússia deixou o acordo de exportação do Mar Negro em 17 de julho depois de indicar que as suas exigências para reduzir sanções sobre as exportações russas de grãos e fertilizantes não foram atendidas. Moscou também reclamou que não chegavam grãos suficientes aos países pobres.
A Rússia também atacou o principal porto interior da Ucrânia no rio Danúbio na quarta-feira, elevando os preços globais dos alimentos ao aumentar o uso da força para impedir a Ucrânia de exportar grãos.
Brasil – Safra 2023/24
A safra de soja do Brasil em 2023/2024 deve registrar um recorde de 165.9 milhões de toneladas, aumento de 5,50% em relação à safra 2022/23, com estimativa de aumento da produtividade média e um aumento mais “modesto” na área plantada, indicou nesta quinta-feira a consultoria Céleres.
A área para o plantio da oleaginosa deverá aumentar 2,10% em 2023/24, para 45.2 milhões de hectares, com destaque para o Mato Grosso, com aumento anual de 230.000 hectares, indicou a Céleres em relatório.
A consultoria estima aumento da área de soja no Brasil sustentado por um cenário com margem operacional “ainda positiva” e dentro da média histórica, apesar de uma queda nos preços em relação à safra passada.
Milho fecha novamente em baixa com vendas fracas dos EUA
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa pela oitava sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 7 a 7,50 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,80¾ (- 1,54%) e o dezembro a US$ 4,93½ (- 1,40%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 4,80½), registrou a menor cotação desde 13 de julho e o dezembro na mínima do dia (US$ 4,93) registrou a menor cotação desde 13 de julho. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 9,61% e o dezembro de 8,76%.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa pela sétima sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 12,25 a 13 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,27 (- 2,03%) e o dezembro/23 a US$ 6,55 (- 1,84%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 6,26¼), registrou a menor cotação desde 13 de julho e o dezembro na mínima do dia (US$ 6,54¼) registrou a menor cotação desde 13 de julho. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 11,86% e o dezembro de 10,88%.
USDA – Relatório Semanal de Vendas
Milho
Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 107.500 toneladas de milho da safra 2022/23, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 27 de julho. O volume representa uma queda de 66% em relação ao da semana anterior e em relação à média das quatro semanas anteriores.
Na semana, os principais compradores foram Japão (140.000 toneladas), Egito (38.000 toneladas), Jamaica (19.600 toneladas), México (17.600 toneladas) e Nicarágua (15.600 toneladas), que compensaram cancelamentos feitos por destinos desconhecidos (106.700 toneladas), Canadá (21.000 toneladas), Israel (9.000 toneladas), Honduras (8.000 toneladas) e República Dominicana (2.600 toneladas).
Da safra 2023/24 foram vendidas 348.900 toneladas para Honduras (79.600 toneladas), México (67.400 toneladas), Canadá (65.800 toneladas), Japão (56.000 toneladas) e destinos desconhecidos (52.300 toneladas).
O volume das vendas ficou abaixo das estimativas dos analistas, que variavam entre 500.000 e 1.2 milhão de toneladas.
Os embarques semanais do período totalizaram 626.200 toneladas, um aumento de 52% em relação aos da semana anterior e de 26% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram México (371.300 toneladas), Japão (142.000 toneladas), Canadá (25.800 toneladas), Nicarágua (15.600 toneladas) e Honduras (8.000 toneladas).
Trigo
Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 421.300 toneladas de trigo da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 27 de julho. O volume representa um aumento de 81% em relação ao da semana anterior e de 40% em relação à média das quatro semanas anteriores.
Os principais compradores foram China (138.500 toneladas), México (125.100 toneladas), Filipinas (120.900 toneladas), Taiwan (108.300 toneladas) e Panamá (41.600 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos por destinos desconhecidos (116.000 toneladas), Coreia do Sul (24.000 toneladas), Nigéria (24.000 toneladas), Guatemala (6.300 toneladas) e República Dominicana (3.000 toneladas).
Da safra 2024/25 foram vendidas de 13.400 toneladas para o México (7.000 toneladas) e Panamá (6.400 toneladas).
O volume das vendas ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam entre 200.000 e 581.000 toneladas.
Os embarques semanais do período totalizaram 507.400 toneladas, um aumento de 28% em relação aos da semana anterior e de 54% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram China (141.700 toneladas), México (105.200 toneladas), Filipinas (45.900 toneladas), Vietnã (42.300 toneladas), e Japão (34.200 toneladas).