Soja: Diferença entre preços de compra e venda diminui liquidez no Brasil

Consumidores estão afastados das compras, indicando estarem abastecidos para o médio prazo – Foto de Kelly Sikkema na Unsplash

Soja

Com a maior disparidade entre os preços pedidos por vendedores e os ofertados por compradores, a liquidez no mercado interno da soja esteve menor na última semana. Segundo com pesquisadores do CEPEA, sojicultores estão focados nas atividades de campo, cautelosos quanto às irregularidades climáticas no País, e sem interesse em comercializar grandes volumes no mercado spot nacional. Já consumidores estão afastados das compras, indicando estarem abastecidos para o médio prazo. Esses demandantes também estão atentos ao elevado excedente da safra 2022/23 e à possibilidade de chuvas nos próximos dias nas principais regiões, o que, por sua vez, tende a reforçar as expectativas de produção recorde de soja na temporada 2023/24.

Milho

Os preços do milho voltaram a recuar nos portos brasileiros na semana passada. Pesquisadores do CEPEA indicam que a pressão veio das desvalorizações externa e do dólar. Apesar das quedas, os preços em Paranaguá (PR) e em Santos (SP) ainda operam acima dos registrados no mercado interno, o que mantém firme o interesse de parte de produtores em realizar negócios apenas para exportação. Como resultado das negociações realizadas em meses anteriores, o ritmo de embarques atual está intenso.

Segundo dados da Secex, em 14 dias úteis de outubro, o Brasil exportou 5.89 milhões de toneladas de milho, o que já representa 87% do volume total embarcado no mesmo mês de 2022 de 6.78 milhões de toneladas. Caso o atual ritmo diário de 420.000 toneladas se mantenha até o final de outubro, o volume total a ser exportado pelo Brasil pode totalizar 8.84 milhões de toneladas, acima da estimativa da ANEC (Associação Nacional de Exportadores de Cereais), de 8.2 milhões de toneladas.

Fonte: CEPEA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp