Soja: Demanda firme e alta do dólar aquecem negócios, e preços sobem no Brasil

As exportações também devem ser menores, estimadas em 92.43 milhões de toneladas, 9,30% abaixo da temporada anterior – Imagem de aleksandarlittlewolf no Freepik

Soja

As negociações do complexo soja estão mais aquecidas no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do CEPEA, isso se deve às firmes demandas doméstica e externa e à valorização do dólar. Como resultado, os preços subiram no mercado spot nacional, com destaque para o óleo de soja, que atingiu, na parcial de junho, a maior média do ano, em termos reais.
O CEPEA observou um acirramento da disputa entre os consumidores de indústrias alimentícias e de biocombustíveis, além da maior demanda internacional. Esse cenário elevou os prêmios de exportação de óleo de soja no Brasil, que voltaram para os patamares de junho/22. Do lado da oferta, a Conab estima a produção nacional de soja em 147.35 milhões de toneladas, 4,70% inferior à da safra passada. As exportações também devem ser menores, estimadas em 92.43 milhões de toneladas, 9,30% abaixo da temporada anterior.

Milho

Os preços do milho nos portos voltaram a subir na última semana. Segundo pesquisadores do CEPEA, o impulso veio das altas nas cotações internacionais, que elevam a paridade de exportação, nos prêmios e no dólar, além do aquecimento da demanda.
No entanto, as altas nos portos não foram repassadas para o interior do País, e os preços regionais seguiram enfraquecidos, refletindo os avanços das colheitas da primeira e segunda safras, além da baixa demanda. Segundo pesquisadores do CEPEA, outro fator que reforçou a pressão sobre as cotações na última semana foi a divulgação de reajustes positivos na estimativa produção brasileira de milho na safra 2023/24.
No agregado, a colheita deve ser de 114.14 milhões de toneladas, contra 111.63 milhões de toneladas estimadas em maio, porém, ainda 13,50% abaixo da safra 2022/23 segundo dados da Conab.
Fonte: CEPEA
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