
Soja
A maior demanda externa pela soja brasileira elevou o ritmo de negócios no mercado spot nacional na última semana. Segundo pesquisadores do CEPEA, esse cenário foi influenciado pela valorização do dólar, que que deixa as commodities do Brasil mais atraentes aos consumidores estrangeiros.
Além disso, sojicultores mostram mais interesse em comercializar parte da safra 2024/25 no mercado spot, especialmente para “fazer caixa” para o custeio de financiamentos para a próxima temporada. Segundo dados preliminares da Secex analisados pelo CEPEA, até o dia 21 de março, o Brasil já havia exportado 10.25 milhões de toneladas de soja, 59,50% a mais que o volume escoado em todo o mês de fevereiro.
Quanto à colheita, as atividades seguem em ritmo intenso e o clima vem contribuindo para produtividades excepcional em grande parte do Brasil. Segundo a Conab, até 23 de março, 76,40% da área total havia sido colhida, superando os 66,30% registrados no mesmo período de 2024 e acima da média de cinco anos, de 66,20%.
Milho
As negociações envolvendo milho vêm ocorrendo de forma pontual e regionalizada, segundo indicam levantamentos do CEPEA. Segundo o CEPEA, produtores estão concentrados nas atividades de campo. A colheita da safra de verão avança bem na maior parte das praças, e o plantio da segunda safra caminha para a fase final.
Do lado da demanda, muitos consumidores se mostram abastecidos, e com isso, se mantêm afastados do mercado spot nacional e/ou compram lotes pontuais. Esse contexto tem resultado em pressão sobre as cotações em algumas regiões, como é o caso de Campinas (SP), segundo dados do CEPEA. Ainda assim, os preços seguem em patamares elevados e acima dos praticados há um ano, em termos nominais.