Segundo apurou a pesquisa diária do CEPEA, os preços médios da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quarta-feira (15/01) nos portos do Brasil, sobre rodas para exportação, em baixa de 0,24%, para R$ 88,75/saca (contra R$ 88,96/saca no dia anterior). Isto reduziu os ganhos do mês para 0,97%.
“A forte queda em Chicago, nesta quarta-feira, aliada à ausência da China do mercado, por motivos compreensíveis, foram mais impactantes do que a alta de 1,30% do dólar, fazendo com que a média dos preços médios da soja nos portos do Sul do País ou seus equivalentes nos outros estados recuassem”, apontam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.
Já no interior os preços médios caíram menos, cerca de 0,07%, para R$ 83,72/saca contra (R$ 83,78/saca no dia anterior) aumentando o ganho do mês para 1,18%. No mercado físico do Rio Grande do Sul, a pesquisa privada da T&F detectou uma nova alta de R$ 0,50/saca para R$ 90,00/saca no porto de Rio Grande para fevereiro, com R$ 86,50 em Cruz Alta e R$ 86,50 em Ijuí e R$ 87,00 em Passo Fundo, altas entre R$ 1,00 e R$ 0,50.
No Paraná, continua o interesse de compradores para 2021, que estão fazendo posições para revender no mercado futuro, com ofertas de venda no interior a R$ 85,00 e de compra a R$ 84,00, com alguns poucos negócios realizados a R$ 84,00. Já os preços para a safra atual, de 2020, subiram R$ 3,00/saca para R$ 83,00 no mercado de balcão para o produtor em Ponta Grossa, com o mercado de lotes subindo mais R$ 1,0/saca para R$ 89,00 da soja disponível para entrega em janeiro e pagamento início de fevereiro. No porto de Paranaguá o preço subiu R$ 1,50 para R$ 90,00/saca também para janeiro. O mercado futuro manteve a alta de segunda-feira em R$ 86,00 em Ponta Grossa para abril.
China
As informações recebidas pela T&F diretamente de negociantes do mercado internacional registram que a China comprou dois cargos de soja americana, com embarques PNW nesta quarta-feira, como gesto de boa vontade, antes da assinatura do acordo EUA-China. Por isso, compreensivelmente, a China se manteve ausente de compras na América do Sul no dia de hoje.
Os prêmios de Origem nos portos de do Brasil permaneceram inalterados para fevereiro, mas subiram US$ 0,03 para março e se mantiveram inalterados para abril, maio, junho, julho, fevereiro/21 e março/21. No mercado futuro em Paranaguá não houve negócios reportados. Os prêmios CIF portos da China da soja brasileira, permaneceram inalterados.
Alta do milho ameaçada pela queda da carne
O mercado de milho continua firme, apesar da queda dos preços da carne, que deve acender sinais de alerta no setor, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica. Não é apenas uma questão de oferta e demanda, mas, os níveis se aproximam perigosamente dos custos de produção das indústrias consumidoras.
Isso ocorre, segundo os analistas da T&F, especialmente neste mês de janeiro, em que os preços das carnes estão todos negativos: “Então, por um lado, temos alta praticamente consolidada e, por outro, sinais de que esta alta poderá encontrar dificuldades em prosseguir”.
A média CEPEA subiu 0,25% nesta quarta-feira, na região de Campinas, principal referência para o milho brasileiro, para R$ 51,31, contra R$ 51,18/saca do dia anterior. Com isto, a alta mensal do cereal já atingiu a 7,30% no mercado físico.
A pesquisa particular da T&F registrou que, no Rio Grande do Sul, o mercado de milho no Estado está totalmente travado: não há ofertas no mercado: “Os detentores de milho simplesmente não querem vender, esperando novas altas. Alguns armazenadores, acreditando em altas, oferecem ao produtor, de lavoura, mais que as indústrias estão pagando. Para estes, só vendendo com pagamento contra entrega, porque é especulação pura”.
Em Santa Catarina os preços caíram para R$ 49,00/saca em Campos Novos, mas, em compensação, subiram para R$ 50,00/saca em Concórdia e Mafra e R$ 48,00 em Canoinhas e Chapecó. Já o Paraná os vendedores estão oferecendo a R$ 45,00 e compradores a R$ 43,50 no Oeste do Estado. Em Campos Gerais o preço do milho o preço subiu para R$ 50,00 em Carambeí subiu para R$ 46,00 no porto de Paranaguá para R$ 44,00 no mercado futuro para abril posto fábricas.
Carnes
De um modo geral, aponta a T&F, os preços das carnes continuam em níveis altos em relação há um ano, dando sustentação às altas dos preços do milho, mas acumulam quedas em janeiro, acendendo sinais de alerta nas indústrias de carne e dos vendedores de milho.
Para os principais consumidores de milho, o frango resfriado para o consumidor em São Paulo permaneceu inalterados nesta quarta-feira, cotado a R$ 5,12/kg, mantendo o acumulado do mês em negativos 4,30%. Os preços dos suínos no Paraná também permaneceram inalterados, mantendo o acumulado do mês para negativos 3,21%. Os preços do boi gordo em São Paulo subiram 0,15% para R$ 194,25/@ contra R$193,95/@ do dia anterior, com o acumulado do mês reduzindo para negativos 6,14%.
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