Soja cai no Brasil, mesmo com demanda

Pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a soja no mercado físico brasileiro fechou a terça-feira (19/2) com queda de 0,35% nos preços médios de exportação, para R$ 77,35/saca sobre rodas e de 0,44% no interior, para R$ 72,57/saca. Com isto, os ganhos de fevereiro foram reduzidos para 0,35% nos portos e 0,44% no interior.

Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, as quedas de 0,45% no dólar e de 0,77% em Chicago suplantaram a pequena alta de US$ 0,05/bushel nos prêmios nos portos brasileiros nesta terça-feira.

“Apesar da indefinição da situação entre Estados Unidos e China (ou, talvez, por causa disto), os chineses continuam interessados em soja brasileira. Nesta terça-feira os prêmios nos portos do país estiveram firmes, indicando esta demanda”, disse o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.

O último fim de semana foi recheado de chuvas dispersas por 65% da área sojicultora do Brasil, segundo a  AgResource. “Os totais mais expressivos foram registrados no sul de Minas Gerais, leste e oeste do Mato Grosso e leste de Goiás. Os índices pluviométricos giraram em torno dos 10-90 mm acumulados no período. Já na Argentina e Paraguai, o cenário foi de seca e temperaturas elevadas”, informou a consultoria.

“Até então, não há prejuízos com as estiagens. Entretanto, a mudança do padrão é necessária nos próximos dias. As previsões entre 19 e 24 de fevereiro trazem a permanência das chuvas sobre o centro-norte do Brasil, se estendendo sobre todo o Matopiba”, dizem os analistas da ARC Mercosul.

Além do mais, acrescentam os especialistas, “a volta das precipitações se mostra iminente sobre o leste da província de Buenos Aires, nas próximas 48 horas. O padrão ainda não se amplia sobre o norte do país, que deve permanecer seco”.

 

Agrolink

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