O Brasil deverá produzir 130 milhões de toneladas de soja na safra 2020/21, segundo estimativa do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília. A projeção é um milhão de toneladas menor do que a oficial do USDA, de 131 milhões de toneladas, divulgada na última sexta-feira.
A produtividade estimada pelo adido é de 3,38 toneladas por hectare, em uma área plantada de 38.5 milhões de hectares.
Segundo o representante do USDA, a projeção de rendimento considera que produtores não vão economizar em sementes e outros insumos. Com isso, o aumento da produtividade em 2020/21 deve ficar em linha com a média de cinco anos, de pouco mais de 2%. Já a área deve crescer 4,05%, mais do que a média de cinco anos, de 2,80%.
“A desaceleração econômica resultante da pandemia do Coronavírus levou a uma depreciação acentuada do real, fazendo com que os preços domésticos de soja atingissem níveis recordes”, indicou o adido em relatório. “Os produtores estão bem capitalizados com as receitas desta temporada e querem reinvestir esses lucros.”
As exportações no ano comercial 2020/21 devem totalizar 84 milhões de toneladas, segundo o adido, superando o recorde de 2017/18, quando foram exportados 83.7 milhões de toneladas.
A estimativa é baseada nos estoques disponíveis, no câmbio extremamente favorável e na expectativa de que a demanda global por soja não caia acentuadamente. “Na China e na Europa, grandes importadores de soja, apesar da desaceleração econômica, o consumo de carne não deve sofrer uma queda dramática”, informou o representante do USDA.
A projeção para o esmagamento de soja no Brasil em 2020/21 é de 44.5 milhões de toneladas, com aumento de pouco mais de 1% em relação à estimativa para 2019/20. A média de cinco anos é de 1,80%.
A menor expansão é baseada na previsão de recuperação econômica mais lenta, o que deve significar fraca demanda por farelo e apenas um leve aumento do consumo de óleo de soja, segundo o adido.
Broadcast Agro
