Silvicultura será destaque na Mercoflora 2016

Silvicultura: nas duas últimas décadas, o uso da madeira de eucalipto para desdobro em serrarias se multiplicou. Foto: Divulgação
Silvicultura: nas duas últimas décadas, o uso da madeira de eucalipto para desdobro em serrarias se multiplicou. Foto: Divulgação

A silvicultura será destaque na nova feira econômica de Chapecó – a Mercoflora 2016 –, organizada pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) e pelo Conselho das Entidades Empresariais (CEC), que está despertando o interesse das cadeias produtivas ligadas às espécies vegetais. A nova expo-feira está programada para os dias 14, 15 e 16 de julho de 2016, no parque da Efapi, em Chapecó (SC). A Mercoflora reunirá todos os elementos do mundo vegetal e atuará em quatro áreas básicas: silvicultura, fruticultura, floricultura e olericultura.

Existem muitas potencialidades para o desenvolvimento da silvicultura no Oeste de Santa Catarina, assinala o coordenador dessa comissão setorial Dorli Mário Dacroce. Expõe que esta região tem 8,1 mil quilômetros quadrados potenciais para a implantação de povoamentos florestais, o que representa 30% da mesorregião formada por 117 municípios agrupados nos micropolos de Xanxerê, São Miguel do Oeste, Joaçaba, Concórdia e Chapecó.

“O Oeste de Santa Catarina possui grande potencial para o desenvolvimento da silvicultura, pois possui muitas áreas com topografia acidentada com pouco potencial para outras atividades. Também possui solos de boa fertilidade e alto índice de precipitação e bem distribuído o ano todo, o que fazem a região ter alta produtividade em plantios florestais.”

O coordenador mostra que as florestas constituem uma das causas que evita o êxodo rural, portanto, é de interesse público. Além disso, representa uma ótima fonte de renda, cria novos empregos e gera benefícios ambientais.

 

CULTURAS

Entre as culturas já implantadas e consolidadas no oeste catarinense destaca-se o setor de celulose e papel, especialmente no meio oeste, região de Irani, onde predomina o plantio do pinus. Nas regiões mais baixas (menos de 800 metros de altitude) predomina o plantio do eucalipto, incluindo todo o vale do rio Uruguai e seus afluentes.

Nas duas últimas décadas, o uso da madeira de eucalipto para desdobro em serrarias se multiplicou. Gradativamente, o eucalipto apareceu na construção civil, indústria moveleira e demais usos. Também cresceu o uso do eucalipto e do pinus na construção civil, em forma de madeira roliça ou serrados processados em autoclaves.

A erva-mate aparece como a terceira cultura já consolidada no Oeste, seja nos remanescentes nativos ou nos novos plantios, com um parque industrial organizado processando a matéria-prima oriunda de pequenas propriedades rurais. As três espécies (erva mate, pinus e eucalipto) já possuem base produtiva no campo. Em muitas situações, necessitam de melhor manejo para elevar a qualidade.

 

INDUSTRIALIZAÇÃO

O coordenador da comissão setorial de silvicultura enfatiza que existem muitas indústrias em funcionamento para transformação dessas matérias-primas florestais. As serrarias, seja para desdobro do eucalipto ou pinus, estão distribuídas em praticamente todos os municípios do Oeste, algumas mais modernas, mas a maioria necessita melhorar sua eficiência.

A indústria ervateira, por outro lado, está em atividades em aproximadamente 140 municípios no Estado e tornou o oeste grande produtor de chás e erva-mate para chimarrão. O setor tem grade potencial para ampliar com novos produtos agregando valor a atividade produtiva beneficiando toda a cadeia produtiva.

Dorli Dacroce acredita que a Mercoflora contribuirá no desenvolvimento da silvicultura no grande oeste catarinense, estimulando a inovação e a busca de novos mercados. Realça que há mercado para novos equipamentos para desdobro da madeira e no uso e destinação dos resíduos. Empresários e produtores rurais receberão informações para implantação de novos plantios economicamente viáveis, com orientação técnica no manejo adequado para maior agregação de valore nas florestas plantadas.

Outro resultado da feira pode ser a criação de um sistema de pesquisa e extensão rural na área florestal, para fazer chegar às novas tecnologias até o produtor rural.

 

POTENCIAL

O presidente da comissão central organizadora, empresário João Carlos Scopel, acredita que a Mercoflora 2016 tem potencial para diversificar a matriz econômica de Chapecó. O presidente da ACIC, Josias Mascarello, realça que as feiras técnicas cumprirão importante papel de fomento econômico neste ano, em Chapecó.

A expo-feira reunirá expositores que representam 120 marcas e atrairá 10 mil visitantes, tendo abrangência em todo o Sul do Brasil. A Mercoflora foi divulgada nos principais eventos nacionais do setor, o que inclui a Hortitec e a Enflor, ambas de Holambra (SP) e a Enfrute de Fraiburgo (SC).

As atividades de concepção da feira, planificação e estruturação iniciaram em fins de abril de 2015, envolvendo um grupo de 50 profissionais e lideranças setoriais de Chapecó pertencentes às entidades empresariais e às instituições universitárias UnoChapecó, Unoesc, Udesc e UFFS. Várias instituições já manifestaram apoio, especialmente Facisc, Prefeitura Municipal de Chapecó, SEBRAE, Epagri, Secretaria de Agricultura etc.

A estruturação da Mercoflora tem o apoio das empresas BR SIS, Elo Ideias, Agência TIG,  Lang Palace Hotel (hotel oficial), Sul Eventos (montadora oficial) e Zoom Feiras e Eventos (comercialização).

 

Fonte: Assessoria de Comunicação

 

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