Setor de máquinas tem pior maio em cinco anos, mas fundo do poço pode ter ficado para trás

Os fabricantes de máquinas e equipamentos registraram, em maio, queda de cerca de 14% no faturamento, em relação ao mesmo período de 2019. No entanto, houve recuperação de 20% em relação a abril, quando o setor sofreu queda de 25,50% na receita líquida, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

A indústria, que produz maquinário para diversos setores, desde o ramo têxtil ao de petróleo e construção, teve faturamento de R$ 9.5 bilhões em maio. “Foi o pior resultado para o mês dos últimos cinco anos”, informou a Abimaq em comunicado.

No acumulado de janeiro a maio, o faturamento do setor foi de R$ 46,3 bilhões, com queda de 7,70% em relação ao mesmo período de 2019.

No mercado doméstico, as receitas retraíram 14,30% em maio. A baixa foi menos brusca do que a observada em abril (26,2%). Já as exportações, apesar do câmbio favorável, atingiram US$ 516 milhões, com recuo de 34,70% na comparação com maio de 2019. No acumulado do ano, as vendas externas mostram queda de 23,60%.

Segundo a Abimaq, o nível de utilização da capacidade instalada do setor permaneceu na casa dos 70%, e a carteira de pedidos seguiu no patamar observado nos últimos três meses, de nove semanas em média.

“Dessa forma, a manutenção da capacidade instalada e da carteira de pedidos, junto à menor queda das vendas internas e externas, podem sugerir que o setor já tenha chegado ao fundo do poço em termos de impactos da pandemia”, destacou a entidade.

 

Reuters

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