Dentre as mil empresas que apresentaram as maiores receitas líquidas em 2022 no Brasil, 43 delas são do setor de bioenergia. A listagem, feita anualmente pela publicação Valor 1000, inclui as sucroenergéticas, as usinas de etanol de milho e as de biodiesel.
O ranqueamento mais recente teve o mesmo número de companhias referentes a este setor do que um ano antes, demonstrando estabilidade após a mudança de metodologia da publicação, ocorrida em 2022. Antes disso, o Valor Econômico alocava as usinas de biodiesel e do etanol feito de milho em outra categoria.
Considerando quatro dos critérios que a publicação analisa, receita líquida, lucro líquido, Ebitda e endividamento oneroso, o setor de bioenergia teve alta nos três primeiros e redução no último, demostrando um desempenho mais favorável do que em 2021.
Na média simples do grupo de 43 empresas, houve um aumento de 9,6% na receita líquida entre 2021 e 2022, saindo de R$ 4,46 bilhões para R$ 4,89 bilhões.
Apenas quatro companhias tiveram queda no indicador, segundo a análise do Valor Econômico. Foram elas: Cerradinho (-5,6%), Copersucar (-6,3%), Da Mata (-13,8%) e Potencial (-40,2%); além disso, a Lincoln Junqueira não teve a variação divulgada pela publicação.
Apesar da breve queda, a Copersucar seguiu na dianteira em relação à receita das empresas de bioenergia, com ganhos de R$ 70,14 bilhões, como ocorre desde o início da publicação, em 2011. A companhia, entretanto, não possui fabricação própria, sendo atualmente responsável por comercializar a produção de 34 usinas.