A economia da Argentina caiu 4,2% em abril em relação ao ano anterior, disse a agência oficial de estatísticas INDEC do país na sexta-feira, a pior queda desde outubro de 2020 e muito abaixo do declínio de 1,5% previsto pelos analistas, devido à queda da produção agrícola.
O país sul-americano é o maior exportador mundial de soja processada, o terceiro maior fornecedor de milho e um importante fornecedor de trigo, mas a colheita mais recente foi prejudicada por uma das piores secas da história do país.
Dados do governo mostraram que a agricultura e a pesca tiveram os piores resultados do mês, sendo a primeira a principal responsável pela queda geral da atividade. O índice de atividade ‘EMAE’ é um indicador inicial útil do provável crescimento econômico.
“Estes dois setores contribuíram com quatro pontos percentuais para a queda homóloga da EMAE”, refere o INDEC.
A Argentina está lutando contra uma inflação de mais de 100% e uma moeda fraca do peso, com cerca de quatro em cada dez pessoas vivendo na pobreza. Também está travando negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para renovar um acordo de dívida de US$ 44 bilhões.