Safras & Mercado: Carnes – Balanço semanal – 04 a 08 de julho de 2016

Boi gordo teve mais fluidez nos negócios

O mercado de boi gordo operou com preços acomodados na primeira semana de julho.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos se depararam com maior fluidez de negócios nesta semana, situação que resultou em bom avanço das escalas de abate.

“Mesmo durante a primeira quinzena do mês, período de maior consumo, pode não haver grande espaço para reajustes dos preços de balcão.”, disse Iglesias.

A média de preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização do País ficou assim na primeira semana de julho:

* São Paulo – R$ 159,72 a arroba.
* Goiás – R$ 143,00 a arroba.
* Minas Gerais – R$ 146,25 a arroba.
* Mato Grosso do Sul – R$ 142,16 a arroba.
* Mato Grosso – R$ 135,75 a arroba.

 

Volume dos contratos de boi negociados na BM&FBOVESPA cai 72,4% em junho

A BM&FBOVESPA negociou 32.733 contratos futuros e de opções de boi gordo em junho, com queda de 72,4% em relação aos 118.602 contratos negociados no mesmo período do ano passado. Em relação aos 50.541 contratos negociados em maio de 2016, houve uma queda de 35,2%, segundo relatório mensal divulgado.

Em termos de volume financeiro, a movimentação envolveu US$ 456.451 milhões em junho, contra US$ 1.299 bilhão no mesmo mês do ano passado, o que representa recuo de 64,9%. Frente à movimentação financeira de US$ 632.030 milhões de maio último, houve perdas de 27,8%.

No acumulado de janeiro a junho, o número de contratos futuros e de opções de boi negociados pela BM&FBOVESPA chegou a 261.275, com recuo de 35,4% em relação aos 404.270 contratos negociados nos seis primeiros meses do ano passado.

Em termos de volume financeiro, a movimentação envolveu US$ 2.971 bilhões no primeiro semestre deste ano, contra US$ 4.925 bilhões no mesmo período do ano passado, o que representa retração de 39,7%.

 

Mercado de frango começa julho com reposição lenta e preço estável

O mercado brasileiro de frango iniciou o mês de julho com uma reposição mais lenta do que o esperado, fator que acabou impossibilitando alterações nos preços do quilo vivo e do produto abatido nesta semana.

O analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, salienta que os frigoríficos possuam bons estoques do mês passado, o que gerou uma menor necessidade de compra do frango vivo, mesmo em uma semana de melhor demanda.

Para a segunda quinzena, a expectativa é de que os preços do quilo vivo possam ser mantidos ou até apresentar ligeira queda, diante da tradicional procura mais restrita.

Iglesias destaca que no atacado e na distribuição os preços tiveram estabilidade no mercado paulista ao longo da semana.

Para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição foi cotado a R$ 4,40, o quilo da asa em R$ 6,50 e o quilo da coxa em R$ 4,30. No atacado, o quilo do peito foi mantido em R$ 4,20, o da asa em R$ 6,25 e o da coxa em R$ 4,10.

Nos cortes resfriados, ele salienta que os preços também apresentaram estabilidade. O preço do quilo peito na distribuição ficou em R$ 4,45, o da coxa em R$ 4,40 e o da asa em R$ 6,55. No atacado, o preço do quilo do continuou em R$ 4,30, o quilo da coxa em R$ 4,20 e o do quilo da asa em R$ 6,35.

Nas exportações, o momento é de cautela diante da recente valorização do real frente ao dólar, o que pode tirar a competitividade brasileira no cenário internacional. Iglesias salienta, contudo, que o desempenho do setor segue muito favorável, com embarques projetados para julho entre 350.000 e 370.000 toneladas.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne de frango do país atingiram 411.900 toneladas em junho, volume 4,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

O bom desempenho de junho contribuiu para que o setor encerrasse o primeiro semestre com exportações 13,86% maiores que o realizado nos seis primeiros meses de 2015.

Ao todo, neste ano, foram embarcadas 2.266 milhões de toneladas, 276.000 toneladas a mais em relação ao ano anterior.

Já em receita cambial, o saldo do semestre registrou retração de 1,24%, com total de US$ 3.384 bilhões. Em junho, a queda foi de 3,4%, com US$ 662.3 milhões.

O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que em Minas Gerais a cotação do quilo vivo seguiu em R$ 2,95. Em São Paulo o quilo vivo se manteve em R$ 2,95.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 2,80. No oeste do Paraná o preço continuou em R$ 2,80. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo se manteve em R$ 2,85.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,85. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 2,95, inalterado frente à semana anterior. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 2,90.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 4,20. No Ceará a cotação do quilo vivo seguiu em R$ 3,75, enquanto no Pará o quilo vivo foi mantido em R$ 4,20.

 

Suíno recua com fraca demanda e maior oferta no mercado interno

O mercado brasileiro de carne suína registrou uma demanda enfraquecida na primeira semana de julho, o que acabou influenciando uma queda nos preços.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o incremento da oferta de animais também impactou o desempenho dos negócios. Com isso, a média de preços do suíno vivo na região Centro-Sul 3,22%, de R$ 3,54 para R$ 3,43.

No atacado, a média de preços dos cortes de pernil com osso atingiu R$ 7,09, 1,3% aquém dos R$ 7,18 registrados na semana passada. A média de preços do quilo da carcaça ficou em R$ 5,93, recuando 2,7% em relação ao valor médio praticado na última semana, de R$ 6,09.

Para o curto prazo, Maia salienta que há um quadro de incerteza com relação a novas quedas nas cotações. “Há quem aposte em uma recuperação dos preços, por conta do recebimento de salários por parte da população e também diante dos elevados custos de produção, mas esta tendência não é consensual em toda a cadeia”.

Nas exportações, o desempenho final de junho ficou levemente abaixo das 60.000 toneladas projetadas por Safras & Mercado, com embarques de 59.800 toneladas. “De todo modo, os embarques têm ajudado a evitar um agravamento ainda maior da crise interna, determinada pelos elevados custos de produção”, disse.

Maia alerta, porém, que daqui para frente o mercado deve se mostrar mais atento ao fator cambial, diante da recente valorização do real frente ao dólar. “Esse movimento pode acabar tirando a competitividade do setor no mercado internacional”.

A análise de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 66,00, queda de R$ 5,00 frente à semana passada, de R$ 71,00.

Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo caiu de R$ 2,93 para R$ 2,87, enquanto no interior a cotação recuou de R$ 3,44 para R$ 3,35.

Em Santa Catarina o preço do quilo retrocedeu de R$ 3,02 para R$ 2,98 na integração. No interior, a cotação teve queda de R$ 3,45 para R$ 3,28.

No Paraná o quilo vivo recuou de R$ 3,70 para R$ 3,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo caiu de R$ 3,40 para R$ 3,20.

No Mato Grosso do Sul a cotação retrocedeu de R$ 2,95 para R$ 2,92 na integração, enquanto em Campo Grande o preço recuou de R$ 3,35 para R$ 3,30.

Em Goiânia, o preço teve retração de R$ 4,20 para R$ 4,10.

No interior de Minas Gerais o quilo retrocedeu de R$ 4,40 para R$ 4,30. No mercado independente mineiro, a cotação baixou de R$ 4,10 para R$ 4,00.

Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 3,42 para R$ 3,33. Já na integração do estado a cotação permaneceu em R$ 3,00.

 

 

 

Fonte: Agência Safras

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