Safra mineira de café deve totalizar 27.5 milhões de sacas em 2023

A safra mineira de café deve totalizar 27.5 milhões de sacas em 2023, com aumento de 25% na comparação com a safra anterior. A área em produção está estimada em 1.1 milhão de hectares, 8,80% superior à da safra passada. A produtividade média estimada é de 24,8 sacas por hectare, registrando um aumento de 15%.

Os dados fazem parte do primeiro levantamento para a safra de café da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Mesmo sendo ano de bienalidade negativa, característica da cultura do café que alterna anos de safra boa com outra de produção menor, a estimativa inicial sinaliza um desempenho superior a 2022, quebrando o ciclo de evolução da série, desde a safra 2001, quando a Conab começou a acompanhar a safra cafeeira no País.

“Em 2022, a produção foi afetada por adversidades climáticas, resultando em perdas de produtividade. Esta primeira estimativa aponta para uma recuperação da produtividade e aumento da área plantada, mas estes números poderão se alterar, principalmente em função de condições climáticas e dos tratos culturais das lavouras”, ressalta o assessor especial de cafeicultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Julian Carvalho.

Maior produtor

Se estas previsões se confirmarem, Minas Gerais vai responder por aproximadamente 50% da safra nacional, que deve totalizar cerca de 55 milhões de sacas, mantendo sua posição de principal estado produtor de café do País.

Regiões

Quase todas as regiões devem registrar expansão. A estimativa de produção para o sul e centro-oeste do estado é de 13.2 milhões de sacas, com aumento de 37%. A área em produção deve ser de 549.000 hectares, 10% superior à da safra passada. A produtividade deverá aumentar 24%, alcançando 24 sacas por hectare.

Para as regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste é previsto um aumento na área em produção de 10%, registrando 200.000 hectares e produtividade de 31 sacas por hectare, com aumento de 35%.

Também há expectativa de crescimento para as regiões norte, Jequitinhonha e Mucuri, devendo totalizar uma produção de 851.200 sacas. A área produtiva deve aumentar 5,20%, para 28.000 hectares e a produtividade deve registrar aumento de 0,70%.

Para a Zona da Mata, Rio Doce e Central, a área deve aumentar 5,50% e totalizar 7.2 milhões de sacas. Ainda assim, as regiões têm estimativa de queda de 2,40% devido à previsão de perda na produtividade.

Programas

A Secretaria de Agricultura e suas vinculadas (Emater-MG, Epamig e o Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA) desenvolvem diversas ações para o fortalecimento da cafeicultura no estado.

O Certifica Minas Café, por exemplo, orienta os produtores a adequar as propriedades às normas internacionais de boas práticas agrícolas. Atualmente, 811 propriedades cafeeiras são certificadas pelo programa.

O Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais e o desenvolvimento de diversas pesquisas e análises do setor cafeeiro são ações que também vêm contribuindo para a eficiência dos processos produtivos e a valorização dos cafés mineiros no mercado.

Fonte: Seapa
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp