A safra de café do Brasil no ano que vem deverá atingir, na melhor das hipóteses, 47 milhões de sacas de 60 kg, estável ante o volume de 2014, previu um analista do Rabobank.
Rafael Barbosa, especialista de alimentos e agronegócio do banco, disse esperar o retorno das chuvas nas próximas semanas às regiões de café atingidas pela seca, o que provavelmente desencadeará o florescimento generalizado em todo o cinturão produtor para a temporada 2015.
Mesmo assim, ele não vê “muito espaço” para uma colheita muito maior no próximo ano, mesmo que as chuvas ocorram com regularidade a partir de agora pelo resto da temporada.
“Minha opinião é que estamos começando uma safra com potencial em 2015 para o mesmo tamanho da de 2014: 47 milhões de sacas”, disse Barbosa.
“A partir de agora, até o início da colheita, o clima vai definir se é possível –ou não– de se atingir esse potencial”, afirmou.
Ele acrescentou que, se as chuvas não se concretizarem ou se houver mais problemas climáticos para o desenvolvimento da nova safra no maior produtor global, “poderíamos ver uma diminuição de oferta (em produção) no próximo ano e uma colheita consideravelmente menor”.
Mas ele ressalvou que este não era o seu cenário básico.
“Eu assumo que as chuvas voltarão e que o tempo vai se desenvolver normalmente.”
Segundo Barbosa, das 47 milhões de sacas colhidas na safra deste ano, os grãos arábica representaram 30 milhões de sacas e os de robusta, 17 milhões.
Na próxima semana, chuvas cobrem grande parte da área agrícola do Brasil, inclusive regiões de café, segundo a Somar Meteorologia.
Fonte: Reuters