Se 2016 foi um ano de baixas para grande parte dos setores, a produção cafeeira seguiu na direção contrária. Graças a chamada “bienalidade” – que é a capacidade de as lavouras gerarem bons resultados a cada dois anos – o Brasil fecha o exercício com safra recorde. Minas Gerais, o maior produtor nacional, seguiu a mesma tendência e colhe agora os frutos do “ouro negro” para a economia local.
Nacionalmente, foram produzidos 51.37 milhões de sacas de 60 quilos do café beneficiado em 2016, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume é o maior alcançado pelo País e representa uma alta de 18,9% frente aos 43.2 milhões de sacas da safra passada. A maior colheita registrada até agora havia sido a de 2014, um montante de 50.8 milhões de sacas.
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Em Minas Gerais, a safra também foi recorde batendo a casa dos 30.7 milhões de sacas. O avanço de 37,8% em relação a 2015 reflete os bons desempenhos das principais regiões produtoras, com destaque para o Sul de Minas e o Cerrado.
Apenas as lavouras do Sul registraram uma produção de 16.6 milhões de sacas de café, montante 53,84% superior ao registrado em 2015. No Cerrado, a produção avançou 74,86% em relação a safra anterior, ao bater o pico de 7.4 milhões de sacas.
Segundo o superintendente de política e economia da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), uma das justificativas é a bienalidade positiva. Como o ano de 2015 foi de uma safra um pouco menor, 2016 necessariamente é maior. A explicação está na necessidade da planta de vegetar um ano para produzir bem no outro.
No Estado, o resultado positivo é sinônimo de geração de divisas. Neste ano, estima-se é que o café gere para Minas R$ 13.3 bilhões, valor 12,7% maior do que os R$ 11.8 bilhões do ano passado. Com o resultado, a participação da cultura no PIB do agronegócio mineiro aumentou de 6,3% para 6,7%.
Fonte: Hoje em Dia