Levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) estimou um custo de R$ 73,72 por saca de 50 quilos na última temporada, que é negociada neste momento entre R$ 75,00 e R$ 85,00. A colheita registrou uma produtividade recorde, que pela primeira vez ultrapassou os 9.000 quilos por hectare e ajudou na rentabilidade.
Cada saca de arroz desta safra 2020/21 custou R$ 73,72 para os produtores do Rio Grande do Sul, o que representa um custo de produção de R$ 11.567,74 por hectare, segundo dados divulgados pelo Irga.
Segundo o diretor técnico do instituto, Ricardo Kroeff, o preço dos insumos foi um dos principais responsáveis pelo aumento, já que representam mais da metade dos custos totais. Além disso, o próprio aumento nas cotações do arroz impactou, já que muitos gastos tomam esses patamares como referência, como os arrendamentos.
Esta elevação dos preços do arroz no mercado, por outro lado, ajudou a aumentar a renda do produtor. Em momentos pré-safra, a saca ultrapassou os R$ 100,00 e hoje gira entre R$ 75,00 e R$ 85,00.
Mas foi a produtividade o grande fator que garantiu a rentabilidade no ciclo aos produtores. Na safra 2020/21, a média de produtividade foi recorde de 9.050 quilos por hectare. Até o ano passado, essa média nunca havia ultrapassado os 8.000 quilos e chegou aos 8.400 quilos na temporada 2019/20.
Kroeff destacou que o Irga desenvolve um projeto no Rio Grande do Sul buscando a média de dez toneladas de produtividade por hectare, recomendando várias opções de manejo diferenciadas. Alguns campos experimentais já conseguem chegar a 16 toneladas, mas esse patamar ainda não é replicável nas lavouras comerciais.
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