Rússia pretende aumentar exportação de soja à China

Em busca de fontes alternativas de fornecimento de soja para substituir os Estados Unidos, a China está se voltando para a Rússia. E o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, afirmou ontem a jornalistas, em Pequim, que seu país planeja ampliar a produção da oleaginosa no extremo oriente para responder à demanda chinesa, que tem sido atendida, sobretudo pelo Brasil.

Mas não é só a soja que poderá aproximar um pouco mais russos e chineses. Há projetos para estreitar os laços agropecuários entre os dois países também nas áreas de arroz, carnes suína e de frango e pescados. Projetos logísticos para facilitar essa aproximação também poderão ser desenvolvidos.

“Podemos esperar um incremento das exportações russas para a China, mas nada estratosférico”, disse Laurent Crastre, analista de oleaginosas da consultoria francesa Strategie Grains. “A Rússia será apenas mais uma opção que os chineses terão como fonte de fornecimento de soja”.

Ainda que seja relativamente pequena, a produção russa de soja vem aumentando na última década. Deverá alcançar o recorde de 3.9 milhões de toneladas nesta safra 2018/19, com exportações estimadas em 700.000 toneladas, segundo dados do USDA.

Apenas para efeito de comparação, as exportações totais do Brasil deverão atingir 75 milhões de toneladas, a maior parte direcionada à China, que lidera as importações globais do grão.

Por causa das disputas comerciais com os EUA, a China reduziu suas compras de soja americana em mais de 80% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os chineses são os maiores importadores de soja do mundo.

 

Fonte: Bloomberg

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