O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues defendeu a criação de uma plataforma de Segurança Alimentar Global para impulsionar e envolver toda a sociedade nacional com o agronegócio no Brasil.
De acordo com Rodrigues, para que o Brasil assuma um papel global ainda mais relevante, é preciso criar uma “sensação de pertencimento nacional”.
“Muitas vezes ouço alguém dizer: o Brasil vai mal, mas o agronegócio vai bem. Como se o agro fosse uma coisa e o urbano fosse outra”, exemplificou.
Ele citou dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que ratificam a relevância do agronegócio brasileiro no cenário mundial.
“Não sou eu quem digo que o Brasil terá forte responsabilidade nesta questão da Segurança Alimentar Global. É a OCDE”, afirmou.
De acordo com a instituição, a produção mundial de alimentos terá de crescer 20% para atender ao aumento da demanda global até 2020. O Brasil é apontado como principal responsável por ampliar a sua produção de alimentos até o final dessa década, chegando a um crescimento de 40%.
O ex-ministro defendeu que o País precisa de acordo bilaterais com parceiros mais importantes. De acordo com ele, os acordos que o Brasil mantém hoje são “medíocres”. Ele ressaltou, ainda, que outro ponto urgente é encarar o problema da logística.
“É intrigante ver que a produção de grãos vem crescendo nos últimos anos, enquanto a logística ainda apresenta problemas da década de 70, como aquelas imagens rotineiras de caminhões atolados na BR -103”, narrou ele.
Rodrigues participou do I Congresso Nacional de Direito Agrário, organizado pelo Instituo dos Advogados Brasileiros (IAB), no Rio de Janeiro. O evento homenageou Octavio de Mello Alvarenga, a quem o ex-ministro definiu como “o farol do direito e da justiça agrária brasileira”.
Por Equipe SNA/Rio