Resultado no segundo trimestre sinaliza para um PIB do agro de 0% a 0,5% em 2018

O coordenador do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon, afirmou que a estabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no segundo trimestre de 2018 em relação ao primeiro trimestre, já com ajuste sazonal, foi um “combo” de uma atividade econômica com sinais de retração, piorada pela greve de caminhoneiros e pelo tabelamento do frete rodoviário.

“Antes de começar a greve, a expectativa do segundo trimestre não era boa, com economia ruim. Mas a paralisação e o tabelamento de fretes foram um balde de água fria na atividade econômica agrícola e industrial em um ambiente avesso ao investimento”, disse Conchon.

Com isso, a CNA reduziu a estimativa de alta do PIB agropecuário em 2018. Até maio, a entidade esperava um crescimento setorial de 0,5% em 2018. “Agora a estimativa é de um crescimento de zero até 0,5%”, explicou o economista. Para o PIB brasileiro, a CNA, que chegou a esperar uma alta de 2,8% nas primeiras projeções, agora prevê aumento de apenas 0,7% “na melhor as hipóteses e se tudo correr bem”, completou Conchon.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados hoje mostraram também que o PIB da agropecuária recuou 0,4% no segundo trimestre de 2018 ante igual trimestre de 2017, sem ajuste sazonal. No acumulado de quatro trimestres, o indicador da agropecuária tem alta de 2%, deixa de ser o maior entre os setores avaliados e fica atrás de formação bruta de capital fixo (2,6%) e consumo das famílias (2,3%) neste critério.

Para o terceiro e quatro trimestres, o crescimento econômico do País e da agropecuária deve ser prejudicado pelas crises em países como Turquia e Argentina e sofrer a influência de um cenário de incerteza com as eleições e os sinais de reformas que o próximo ou a próxima presidente do Brasil dará após as votações.

Fonte: Broadcast Agro

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