Registro de defensivos agrícolas de controle biológico bate recorde

 

Controle biológico com insetos. Foto: Pixabay

Do total de 42 defensivos agrícolas que estarão disponíveis para uso pelos agricultores, segundo o Ato n° 65 da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, publicado recentemente no Diário Oficial da União, 13 são defensivos de controle biológico, e seis deles estão autorizados para uso na agricultura orgânica.

Com a liberação de mais defensivos, sobe para 76 o número de produtos de baixo impacto. Segundo analistas, esse aumento representa, até o momento, um recorde para defensivos com esse perfil.

“Faltando um mês até o fim do ano, 2020 já se desenha como o ano verde em termos de registro de biopesticidas sustentáveis. Esse é um recorde que contribui imensamente para a sustentabilidade da agricultura brasileira”, destacou o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do ministério, Bruno Breitenbach.

Todos os produtos foram analisados e aprovados pelo Mapa, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Segundo a diretora da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Sylvia Wachsner, 2020 foi um ano bom para os insumos de controle biológico.

“Foi o ano no qual o Ministério da Agricultura lançou o Programa Nacional de Bioinsumos, um reconhecimento em relação à crescente demanda no setor, não somente pela produção orgânica, mas também pela produção agrícola mais sustentável, com menos impacto ambiental. É um programa que incentiva a utilização de recursos biológicos no agro brasileiro”, disse.

Agentes biológicos

Dos 13 produtos registrados recentemente, 11 são compostos por microrganismos como Beauveria bassiana, Bacillus amyloliquefaciens ou Metarhizium anisopliae, Cryptolaemus montrouzieri e Hirsutella thompsonii, agentes biológicos de controle de pragas que atacam os cultivos brasileiros.

Outros dois registros têm como base ácido giberélico, hormônio vegetal que atua como regulador do crescimento das plantas. Todos os produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país e alguns contêm mais de um ingrediente ativo.

Baixo impacto

Os produtos de baixo impacto são compostos por ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, semioquímicos, bioquímicos, fitoquímicos e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados para uso em vários casos na agricultura orgânica.

Ao mesmo tempo em que contribuem para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional, os produtos fitossanitários com agentes de controle biológico em sua formulação são alternativas para os produtores rurais no combate às pragas.

O Ministério da Agricultura informou que o registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Oportunidade

“Os bioinsumos abrem portas para que startups e empreendedores possam investir em pesquisas na construção de uma produção agrícola mais sustentável, reduzindo o uso de insumos fósseis”, destacou Sylvia.

“Biofábricas podem ser construídas em diversos estados, como forma de aproximar os pesquisadores e investidores  aos produtores rurais e aos espaços da produção orgânica”, acrescentou a diretora da SNA, destacando o desenvolvimento de produtos e processos como controle biológico, extratos vegetais, defensivos com base em microrganismos para o controle de pragas e doenças, fitoterápicos, biofertilizantes, entre outros.

“Isso irá incentivar os pesquisadores a desenvolver tecnologias que atendam às necessidades dos produtores”, concluiu Sylvia. 

 

Fonte: Ministério da Agricultura

Equipe SNA

 

 

 

Fonte: Ministério da Agricultura

Equipe SNA

 

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