Redução na oferta impulsiona preços do boi gordo, frango e suíno vivo

Boi gordo: Frio influencia na decisão de venda dos pecuaristas e mercado sofre quedas pontuais

A chegada do frio influenciou na decisão de venda dos pecuaristas, uma vez que deve piorar a condição das pastagens. Junto a isso, a margem de comercialização estreita, desde o início do ano, levou a uma tentativa das indústrias em pagar preços menores na arroba do animal terminado.

Entretanto, esta pressão de baixa deve ser pontual, já que a oferta de boiadas deve continuar restrita.

Por outro lado, a dificuldade de compra e o encurtamento das programações de abate mantêm os preços firmes na maioria das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, os preços estão estáveis. Para os próximos dias com entrada da segunda quinzena do mês, quando diminui o poder de compra do consumidor, não estão descartadas quedas.

Frango vivo: Minas Gerais e São Paulo registram novas altas 

A recuperação dos preços para o frango vivo continuou nesta terça-feira (14). Assim como nos últimos fechamentos, São Paulo e Minas Gerais voltaram a sinalizar alta na referência de negócios. Nas demais regiões, o cenário é de manutenção de preços.

De acordo com o site da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), a nova cotação para o estado é de R$ 3,00 pelo quilo do vivo, que representa aumento de R$ 0,10. Na praça paulista, a referência é de R$ 2,85/kg – acréscimo de R$ 0,05.

O mercado que trabalhava com preços estáveis no último mês, segue recuperando margens, após a redução na oferta de animais. Para o pesquisador do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Augusto Maia, a demanda não deve registrar grande melhora nos próximos meses, mesmo sendo a proteína mais barata.

“A saída neste momento é tentar reduzir o custo de produção, porque não há como esperar muito do consumo interno, mas ao mesmo tempo a perspectiva de baixa disponibilidade interna do milho deve continuar elevando os preços”, aponta.

Com isso, com os altos custos de produção, produtores estão optando em retraindo a produção. Nos últimos meses, as altas de milho e farelo de soja – devido a escassez na oferta – vêm trazendo dificuldades para o setor.

Suíno vivo: Mercado registra nova alta em Minas Gerais 

Nesta terça-feira (14), o mercado de suíno vivo voltou a registrar alta. Seguindo os ganhos do Rio Grande do Sul, a bolsa de suínos de Minas Gerais também registrou aumento na referência para os próximos dias. Já em São Paulo, a reunião da tarde de ontem sinalizou manutenção, após algumas semanas de recuperação.

Segundo a ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), a nova referência é de R$ 4,60 pelo quilo do vivo – o que representa um acréscimo de R$ 0,20. Produtores esperam que o mercado continue reagindo e que a tendência é de que a comercialização siga firme, apesar do período da chegada da segunda quinzena do mês.

Na praça paulista, a bolsa de suínos segue com negócios entre R$ 80 a R$ 82/@, respectivamente R$ 4,27 a R$ 4,37/kg. A APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) explica que há negócios sendo registrados abaixo deste valor. Com isso, a situação com os custos de produção se agrava, visto que em média está em R$ 87/@.

Para o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, suinocultores devem procurar reduzir custos nas granjas. “É necessário reduzir a produção de proteína animal e diminuir drasticamente o consumo de milho e farelo de soja. Só assim, iremos escapar desta especulação doentia e danosa ao segmento de suínos e aves”, disse.

Para o analista de suínos, Fabiano Coser, a tendência é de recuperação, visto que as temperaturas mais baixas favorecem o consumo da proteína, além do desempenho positivo dos embarques que ajuda e reduzir a oferta de animais disponíveis.

 

Fontes: Notícias Agrícolas e Scot Consultoria

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