O valor de 158,65 pontos atingido pelas carnes em novembro passado, como apontaram os indicadores da FAO, sofreu forte influência, para baixo, da carne suína. Que, no mês, teve seu preço médio recuado para 119,51 pontos, valor nominal menos de 20% superior ao do início da contagem (2002/2004 = 100).
No extremo oposto se encontra a carne bovina. Que embora também com preço em decréscimo, alcançou em novembro 195,96 pontos, resultado que corresponde a quase o dobro do valor registrado no início da contagem.
Já a carne de frango – que não escapa da queda enfrentada pelas carnes – encontra-se em situação intermediária. Em novembro, seu preço correspondeu a 158,36 pontos. Portanto, quase 60% mais (nominalmente) que no triênio 2002/2004.
É interessante observar que, por aqui (isto é, nas exportações brasileiras de carne de frango), tem prevalecido à percepção de que os preços recebidos vêm recuando em função da desvalorização do real. No entanto, comparando-se o recuo apontado pela FAO com os registrados nas exportações brasileiras, observam-se índices de redução muito próximos.
Em novembro, por exemplo, o preço médio obtido pelo Brasil com a carne de frango in natura foi 21,66% menor que o registrado um ano atrás. Já o preço apontado pela FAO recuou 22,12%. O que significa que, internacionalmente, a queda foi ligeiramente maior (perto de meio ponto percentual) que a brasileira.
Mas isso já não se aplica à carne bovina e suína. Internacionalmente (FAO), os preços de novembro recuaram 23,98% e 24,50%, respectivamente. Internamente, na exportação, o preço médio da carne bovina recuou apenas 10,45% e o da carne suína caiu 40,16%.
Fonte: AviSite